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Opinião
30/10/2018 - 07h49
As propagandas eleitorais e os apelos psicológicos
Montserrat Martins
 

As propagandas eleitorais são apelos psicológicos aos eleitores para lhes infundir medo nos candidatos adversários, mais que apontar virtudes do próprio candidato. No whatsapp e outras redes sociais, infundir o medo é a prática principal dos candidatos a presidente, e em algum grau também nas campanhas estaduais.

A preponderância do “falar mal do outro” sobre o “falar bem de si” vem do descrédito na política, onde é difícil acreditar em virtudes, sendo mais fácil acreditar em maldades. E não bastassem vários absurdos já ditos pelos próprios candidatos, vídeos apelativos com todo tipo de fake news seguem prosperando.

Essa eleição de 2018 consagrou o poder do whatsapp e minimizou a influência da TV e da própria imprensa, visivelmente menos influentes que as redes de transmissão de vídeos pelo zap. E o teor desses, sem dúvida, foi o de aterrorizar as pessoas com as “maldades” - reais ou imaginárias - do “outro lado”.

O que vem depois disso? Como se governará um país dividido? Qual a postura dos novos governantes em relação às diferenças de opinião que existem hoje na sociedade? O que se espera, num país democrático, é que o conjunto da população respeite o resultado das urnas e que os governantes, por sua vez, respeitem o pleno funcionamento das instituições. Nestas se incluem parlamentares das oposições e lideranças da sociedade civil, além dos representantes das demais instituições (além do Executivo), às quais cabem o papel de fiscalizar a transparência dos atos dos novos governantes, dentro dos limites legais.

Se não houvessem vozes contrárias seria muito fácil governar qualquer entidade, mas sabemos que até uma reunião de condomínio é complicada. A capacidade de liderar um país-continente, de mais de 200 milhões de habitantes, portanto, dependerá de um respeito ao conjunto da sociedade, que vai muito além dos simpatizantes dos eleitos.

O melhor que se pode esperar dos novos governantes é o chamado “espírito republicano”, que se refere à consciência de governar a “coisa pública” (“res publica”) para todos e, portanto, não só para os seus correligionários.

A partir do momento da eleição, deveriam cessar os ataques aos adversários e o conjunto dos eleitores deveriam ser respeitados, sejam quais tenham sido as suas preferências. Isso de todas as partes, com os derrotados reconhecendo a vitória da outra parte e dos vitoriosos respeitando os adversários e se comprometendo a governar para todos. Será possível isso, após a “guerra eleitoral” de 2018 ?

Para o bem do Brasil, é hora das apelações psicológicas serem sucedidas por, em vez de enfrentar adversários, informações úteis para enfrentar os problemas do país.


Nota do Editor: Montserrat Martins, Colunista do EcoDebate, é Psiquiatra, autor de “Em busca da alma do Brasil”. Fonte: Portal EcoDebate (www.ecodebate.com.br)

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