A minha relação com a tecnologia é um misto de fascínio e medo. Juro. Fascínio porque tenho consciência que ela mudou para melhor a vida das pessoas. Medo porque estamos nos tornando dependentes dela.

Hoje quase nada se faz sem usar a tecnologia. Vejam que na medicina os robôs já operam e fazem exames. Em fábricas mandam e desmandam nas áreas de produção. Resumindo: no cotidiano estamos quase dependentes das máquinas. Até pelo telefone falamos com máquinas.

Ainda há algo no meu medo da tecnologia: é quando ela avançar mais e quando passar a ditar até os costumes, interferindo no modo de viver. Tudo bem, sou um exagerado. Mas estive por curiosidade falando com várias pessoa se a impressão que tenho é que a maioria já está sendo conduzida pelas máquinas. Até musicalmente. A música eletrônica, fabricada eletronicamente, é sucesso. Não, não rio mais daquela piada que dizia que na fábrica do futuro só vão existir dois funcionários: um homem e um cachorro. Função do homem: alimentar o cachorro. Função do cachorro: não deixar o homem mexer nas máquinas.

Dan Brown, o grande romancista, numa entrevista disse o seguinte: "Hoje a tecnologia são como crianças que nós conseguimos manter sob controle num parquinho infantil, mas a questão é o que faremos quando se tornarem adultos?". Bingo. É o meu medo.

Vou ficando por aqui mas, confesso, me cago de medo da tecnologia. Juro. Inté.