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Opinião
05/11/2018 - 05h54
Quem tem medo de Sérgio Moro?
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Ao deixar a segurança profissional de uma carreira que lhe garantia imunidades, inamovibilidade e aposentadoria tranquila, para ingressar no terreno muitas vezes minado da política, o juiz Sérgio Moro troca seus esforços pessoais pela possibilidade de ajudar a consertar o país na mais correta forma da palavra. Convidado, foi ver as condições oferecidas e, diante da “carta branca” do presidente eleito, aceitou. Estão em festa os brasileiros honestos e descomprometidos com os esquemas de corrupção e crimes que levaram o país ao naufrágio. Se a eleição de Bolsonaro, da forma que ocorreu - com o grosso da campanha feito diretamente pelo povo e sem qualquer remuneração - já representou uma esperança, a decisão de empoderar o homem que deu uma nova dimensão ao combate da corrupção, é a primeira prova concreta de mudança.

Com o cabedal de conhecimentos acumulado na Lava Jato e as ferramentas que Bolsonaro prometeu colocar em suas mãos (Justiça, Segurança Publica, Polícia Federal, Controle Atividade Financeira e outros), Moro será um superministro e terá condições para colocar no passado o país do jeitinho, do compadrio, do aparelhamento ideológico e do crime cometido contra a população indefesa. Essa é a primeira vantagem de se ter eleito um presidente que não deve a eleição e, por isso, não precisa distribuir cargos a partidos e coronéis políticos. Moro é uma grande esperança e só contestam sua nomeação os que já sentiram o peso de sua autoridade e os temem poderem ser atingidos pela sua atuação moralizadora do aparelho de estado e da sociedade. Felizmente, esses são os contumazes e conhecidos criminosos de colarinho branco que, no seu tempo e hora, terão de ajustar contas com a Nação.

Espera-se, com vivo interesse, a entrevista que o futuro ministro concederá nos próximos dias, detalhando sua agenda anticorrupção, anticrime organizado e de respeito à Constituição e às leis. Com certeza, deverá priorizar as liberdades do cidadão, mas não se quedará à desobediência civil, à contestação para enfraquecimento das instituições, à greve de motivação política (já que o direito de greve é exclusivo das relações do trabalho e outras causas constituem crime) e à baderna, que levaram este país à sua mais aguda crise econômica e social.

Oxalá Paulo Guedes, o outro superministro (da Economia) já anunciado pelo presidente eleito, tenha condições de, na sua área, realizar um trabalho de alto nível como o que se vislumbra em Sérgio Moro. Só esses dois ministérios, atuando dessa forma, serão capazes de dar à população as soluções que motivaram a eleição do presidente. Evidente que os demais também são importantes, mas se puderem dispor de bons resultados das novas pastas de Justiça e Economia, terão a base ideal para realizarem um bom trabalho.

A esperança que hoje move os brasileiros, depois das decepções dos últimos anos, não tem paralelo na história republicana. E o mais importante: tudo sem abrir mão da democracia...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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