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Opinião
09/12/2018 - 06h53
Oração para o final do ano
Bayard Galvão
 

Os religiosos, cada um seguindo suas próprias crenças, repetem diariamente diversas orações. E hoje eu sugiro uma para a finalização do ano, em comemoração à vida sobre o que foi, não sobre o que pode vir a ser. Como todas as orações, precisa ser feita com concentração, se quiser, gravando-a com a sua voz no celular e depois ouvindo-a num lugar silencioso, de olhos fechados, após respirar cinco vezes profundamente:

“Vivi o que pude este ano, cometi erros, acertei, lutei, caí e levantei ou estou levantando. Tenho pessoas a agradecer, algumas do presente, outras que se foram, continuam na minha memória e sempre farão parte de mim.

Sempre tenho o que melhorar, mas é sempre justo também valorizar o que fiz e faço. Errei comigo e com outros, no trabalho e na minha dedicação em uma ou outra área da minha vida, mas tenho aprendido com isso, seja para não cometer mais os mesmos erros ou apenas cometê-los menos.

Os meus méritos existem também, tenham ocorrido numa postura com um amigo, um esforço a mais no estudo ou trabalho, um cuidado a mais com a própria saúde ou até brincadeiras bobas apenas comigo ou com alguém.

Tenho a agradecer quem cuidou de mim quando bebê, quando criança, adolescente e/ou ainda hoje. Posso agradecer a mim por ter lutado quando queria desistir, aos meus amigos, alguns que foram de uma época da vida, outros que ainda estão presentes comigo, tantas risadas, confidências, diversões e lágrimas.

Posso comemorar a minha caminhada até aqui, sei que tenho o que melhorar, mas como qualquer viagem de caminhante, é feita passo a passo, num passo reconheço que preciso melhorar, no outro, reconheço o que tenho feito e faço de bom; novamente, em seguida, reconheço o quê e como melhorar, seja com amigos, familiares, na própria profissão ou estudos, no cuidado com a saúde e estética, buscando sempre o razoável, nunca a perfeição, nunca o desumano; no seguinte, observo e valorizo os meus próprios atos e posturas, seja para com a minha vida ou para com a dos outros; para com as minhas responsabilidades nos estudos ou trabalho ou até os momentos simples da vida.

Posso ter até caído nas diferentes trilhas e dificuldades neste ano ou outros, posso estar cansado de me levantar ou até já esteja me levantando, mas o meu último ano, os meus últimos anos são muito mais do que os tropeços e desabamentos. É uma história com risadas, lágrimas, medos, alegrias, amores, desamores, família, amigos, confissões, tristezas e paz, ou seja, plena, talvez não do jeito específico que eu desejei, mas o que foi o possível.

Tenho o hoje e o que me foi, e embora possam ter épocas que pareça que eu tenha pouco a agradecer a mim, aos que me cercaram ou cercam; são apenas impressões próprias de um sedento caminhante do deserto que pode ter a sensação que nunca tomou água, mas caminhei e tomei muito.

Busco um amanhã melhor, e sempre carrego comigo a minha história: eu e as pessoas que me cuidaram e me cuidam, amaram e me amam, que amei e amo, cuidei e cuido.

Vivo e saboreio o que me for possível e vou aprendendo a viver melhor!

Amém!”.


Nota do Editor: Bayard Galvão (www.institutobayardgalvao.com.br) é psicólogo clínico formado pela PUC-SP, hipnoterapeuta e palestrante. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras, treinamentos e atendimentos individuais utilizando esses conceitos.

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