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COLUNISTA
Marcelo Sguassábia
12/12/2018 - 06h51
Arquimedes e Isac - Versões estúpidas
 
 

ARQUIMEDES

Pressentindo uma certa catinga de sovaco - consequência de suas intermináveis andanças sob o sol ardente de Atenas, Arquimedes recolheu-se à sua casa para um banho relaxante, em sua banheira de mármore de Carrara.

Antes que estivesse submersa sua volumosa barba, a água morna já entornava pelas beiradas para ensopar o piso.

Então veio a iluminação, que depois virou princípio: “Todo corpo mergulhado num fluido, e cujo fluido transborda, é sinal que quem transborda na verdade é a gordura desse corpo, que precisa ser eliminada ou diminuída para que venha a caber no recipiente - seja ele bacia, banheira, ofurô ou mesmo piscinas, em casos extremos”. O princípio não se aplica se, e somente se, ao invés do corpo ser mergulhado em fluido, este mesmo fluido venha a recobrir o corpo previamente instalado no recipiente. Desta forma, observa-se que a água, conforme enche o recipiente, vai envolvendo o corpo sem risco de transbordamento, a menos que se esqueça a torneira aberta.

O agudo senso investigativo do matemático estabeleceu também que o fenômeno é rigorosamente o mesmo independente da temperatura da água, e se esta é ou não tratada com cloro e flúor ou contenha sais de banho.

Uma vez observada e comprovada na prática, a descoberta encheu o sábio grego de orgulho, que pôs-se a gritar “Eureka!” por toda Atenas e arredores. Tamanho foi o esforço e o consequente gasto calórico produzido pela corrida que Arquimedes pôde mais uma vez constatar a validade do seu achado, já que a banheira não derramou água após a perda de peso do banhista com a maratona comemorativa.


ISAC

A letargia pós-refeição, que começou com uma porçãozinha de azeitonas e terminou com um licor café, levou Newton à frondosa macieira. A queda de uma maçã em sua cabeça foi o estopim para o estalo genial: o despertador concebido para as sestas vespertinas.

Havia, porém, um obstáculo sério a ser contornado. Nem sempre a maçã prestes a despencar estaria na direção da moleira do dorminhoco, o que comprometeria a eficácia do invento. Foi quando o engenhoso Isac imaginou um funil de zinco envolvendo toda a copa da árvore e desembocando na cabeça do indivíduo recostado ao tronco.

Mas nem tudo estava resolvido, já que o despertador só funcionaria em época de maçãs maduras. Ou seja, o sujeito não conseguiria despertar nos períodos de entressafra da fruta.

Dessa vez, o desafio foi maior que o talento de Isac. Morreu pensando em um jeito de resolver a questão a contento.


Nota do Editor: Marcelo Pirajá Sguassábia é redator publicitário em Campinas (SP), beatlemaníaco empedernido e adora livros e filmes que tratem sobre viagens no tempo. É colaborador do jornal O Municipio, de São João da Boa Vista, e tem coluna em diversas revistas eletrônicas.
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