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Opinião
15/12/2018 - 08h06
`Rebaixado´ a jogar nos Estados Unidos
Montserrat Martins
 

Meus votos para os amigos em 2019 é que tenham a mesma sorte do Bressan, que ao entrar em baixa na profissão teve como “castigo” ir morar nos States. Uma das delícias do futebol é essa mesmo, subverter todas as outras lógicas. Pois o Bressan, desvalorizado por suas falhas, teve como “rebaixamento” de sua carreira o destino de ir jogar em Dallas, nos Estados Unidos, no próximo ano.

O futebol subverte o mundo todos os dias, basta ver numa beira de praia onde um moleque bom de bola se torna mais importante que advogados, engenheiros ou médicos que estão tentando se divertir na tradicional “pelada” de areia de verão. Por esse mesmo poder de inverter a ordem das coisas, o Brasil se torna Primeiro Mundo e os Estados Unidos são do terceiro mundo, em matéria de futebol.

Vale a pena assistir o filme irlandês “Driblando a Guerra” (Shooting for Socrates, de James Erskine, lançado em 2014), sobre a participação da Irlanda do Norte - um país conflagrado pela guerra civil - na Copa do Mundo de 1986. As emoções do futebol conseguiram falar mais alto que as da guerra, naquele período, galvanizando as atenções das pessoas em frente aos aparelhos de tevê.

Não foi a única vez que o futebol mexeu com as pessoas em zona de conflito, há uma história famosa do Santos de Pelé que em excursão pela África interrompeu uma guerra para o povo local poder ir assistir à partida. O original desse filme é ver como a Seleção Brasileira é enxergada num país da Europa.

Brasileiros que somos, acostumados a nos vermos como “inferiores” aos olhos do Hemisfério Norte, nos surpreendemos ao assistir “Driblando a Guerra”, pela admiração e idolatria dos irlandeses para com nossa Seleção e nossos craques - na época Zico e Sócrates, especialmente este último para os irlandeses.

Durante a hora e meia do filme, podemos nos ver como um país “superior”, dotado da arte de encantar as pessoas através da nossa “ginga” esportiva. Uma verdadeira terapia para nosso “complexo de vira-latas” nacional, nenhuma experiência nos faz sentir tão valorizados como o encantamento do modo como somos vistos nesse drama irlandês.

Já tivemos nossos momentos assim na Fórmula-1, quando Senna e Piquet foram ambos tricampeões mundiais e monopolizavam atenções, na passagem do Guga pelo topo do tênis, ou quando judocas brasileiros ganham títulos mundiais. Outro esporte que promete surpresas é o skate, que estará presente nas próximas Olimpíadas, no qual surpreendentemente os brasileiros estão ao nível dos americanos. Mas sejamos sinceros, o “esporte bretão” segue sendo fonte de autoestima para os brasileiros.

Vai lá, Bressan, e mostra pra esses gringos como é que se joga futebol.


Nota do Editor: Montserrat Martins, colunista do EcoDebate, é psiquiatra, autor de “Em busca da alma do Brasil”. Fonte: Portal EcoDebate (www.ecodebate.com.br)

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