Sempre que me encontro com meus irmãos eles lembram algo que, hoje, eu mesmo fico surpreso e não entendo: eu ainda rapazinho comia sozinho uma lata de bananada em corte, acompanhada de um meio quilo de queijo de coalho. Detalhe: e era magro que nem um palito. Comia muito também comida de panela, mas um prato grande só. Mas na comida de doce era campeão. Mas havia algo estranho: uma lata toda eu só comia se fosse de bananada. Por que a preferência pela bananada? Não sei, não tenho a mínima idéia porque hoje prefiro a goiabada em corte, mas como apenas uma fatia comum. Mas, na época, comia também muito doce de leite tipo tijolo, mais cocada de coco, tanto a branquinha quanto a moreninha, não fazia discriminação. Outro ponto: gostava de banana, principalmente a banana maçã, da mesma forma que goiaba, mas a rainha das frutas para mim sempre foi a pinha. Ainda sou doido por pinha. Laranja gostava, mais menos, ainda hoje gosto, apenas da poncã, mais para tirar o gosto depois de uma lapada de cachaça. Quanto as frutas nobres nunca gostei de maçã, prefiro a pera. E uva. Adoro uva, tanto a branca como a moreninha, sem distinção. Mas se mandar escolher entre uva e jabuticaba, fico com esta. E se mandar escolher entre jabuticaba e pitomba fico com a pitomba. Dia desses, na casa de uma irmã, ela por implicância, depois de uma macarronada nos trinques, sua especialidade, muito simples, a força dela é o molho de tomate pura e manteiga, além de coentro e cebolinha, mais dois ovos, a gente chama macarronada dois oião, em cima meio moles, e ainda queijo de coalho ralado em cima, botou de sobremesa um pedaço de bananada em corte. Rejeitei no ato. Ela riu e disse que era demagogia, que eu tinha visto o pudim. Era verdade, não comi o pudim todo porque ela não deixou. É isso aí, fim de um domingo que não foi melhor porque o Boca perdeu. Sou torcedor do Boca. Tenho mais esse defeito. Inté. P. S. E o assassinato de Marielle, vai ficar para o próximo governo? Parece que ela foi assassinada por forças ocultas. Ah, Brasil.
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