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Crônicas
29/01/2019 - 10h50
Vila Sapo - São Sebastião, SP
Maria Angélica de Moura Miranda
 

A Vila Amélia, antiga Vila Sapo em São Sebastião (SP), tem uma rica história na cultura da cidade.

Na década de 70 sediou a primeira escola de samba, que fazia os ensaios na rua Ilhabela, em frente a casa da dona Pina e seu Joaquim Libânio.

Ali também era montada uma fogueira bem alta, onde comemorávamos os santos das festas juninas.

Mais à frente, no campo de futebol, onde hoje é a área da Transpetro, as famílias japonesas confraternizavam e jogavam.

Na rua prof. Ursolino Barbosa, morou o maestro da Banda Municipal, o seu Lourival Albuquerque, 99 anos, dali saíam as alvoradas, a Banda tocando durante as madrugadas, em dias festivos. 

Na rua Caraguatatuba, mais precisamente na casa da dona Paula Gallani, hoje com 87 anos, fazíamos as roupas e ensaiávamos para os corais, as gincanas, teatros, escolas de samba e todo tipo de atividade cultural que se possa imaginar.

Na av. Dr Armando Salles de Oliveira, a poetiza Beatriz Puertas realizou a sua obra, mais de 500 poemas e contos, alguns editados em 8 livros.

Algumas vezes, esses movimentos não foram compreendidos, para a dona Pina falavam:

“- É uma negaiada entrando e saindo...”

Para a dona Paula:

“- Tem alguma coisa errada acontecendo ali...”

Esta semana essa história se repetiu, li palavras duras, nas redes sociais, se referindo a um espaço cultural. 

Portanto quero lembrar que hoje em dia a quadra de esportes da Vila Amélia se chama Joaquim Libânio, um reconhecimento pelo seu trabalho como cidadão e personagem da cultura caiçara.

O auditório Centro Cultural Batuíra chama-se Beatriz Puertas, uma singela homenagem para a minha mãe.

Escrevo isso para que as pessoas entendam que a sociedade só avança através da cultura, quando o cidadão se fecha em casa e fica com medo do mundo ele é facilmente manipulado.

O Brasil está passando por um momento que a cultura, os artistas e o conhecimento estão sendo depreciados, isso tem um objetivo bem claro.

Encerro prestando a minha homenagem aos Mestres de Cultura, que como eu, ganharam esse título do MIC pelo seu trabalho: Neide Palumbo, seu Nicinho de Barequeçaba, Evaldo Pereira, seu Sebastião Salomão, Luciano Draetta e outros.

Viva a Cultura!


Nota do Editor: Maria Angélica de Moura Miranda é jornalista, foi Diretora do Jornal "O CANAL" de 1986 à 1996, quando também fazia reportagens para jornais do Vale do Paraíba. Escritora e pesquisadora de literatura do Litoral Norte, realiza desde 1993 o "Encontro Regional de Autores".
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