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Crônicas
17/02/2019 - 06h46
Meu radinho de pilha
Dartagnan Ferraz
 

O rádio sempre foi uma excelente companhia para todos nós, principalmente para as pessoas que viveram a infância e adolescência durante as décadas de 50 e 60. Antes, é lógico, da televisão ser captada em todo o país com sinais quase perfeitos.

Com o advento da tevê, o rádio reduziu sensivelmente seu prestígio, mas, frise-se, continuou ainda firme e forte.

Todos, refiro-me aos mais adentrados nos anos, recordam do reinado do rádio, dos programas de todos os tipos, noticiários, humorísticos e toda uma gama de atrações, inclusive programas de auditório.

Havia vários tipos de receptores, de diversas marcas. Os que mais impressionavam eram os rádios que possuíam um "olho mágico", remember? Esses aparelhos eram todos alimentados a eletricidade, mas antes da luz de Paulo Afonso eram à bateria. Lembram-se dos "dungas" que enchiam as baterias?

De modo que os rádios tinham que ser ligados na tomada de luz ou na bateria. Porém, a partir de 1958 entrou em cena o chamado rádio de pilha. O primeiro modelo, salvo engano, foi o Trasistone, da Philco. Foi num deles que o então presidente KK ouviu, no Palácio do Catete, no Rio, o jogo final do Brasil versus Suécia, quando ganhamos a primeira Copa do Mundo e, segundo Nélson Rodrigues, perdemos o complexo de vira-lata.

O rádio de pilha logo virou mania nacional. Lançou-se no comércio vários tipos, alguns deles enormes, muita gente voltava de São Paulo e trazia um deles a tiracolo. Era sinal de status, pensavam os que voltavam do Sul.

Mas com o tempo o tamanho foi diminuindo, chegando a época do transistor ou rádio portátil. Eram os preferidos das pessoas porque podiam ser transportados de um lugar para o outro com facilidade, até dentro de uma bolsa ou no bolso da camisa ou do paletó.

Possuí vários rádios de pilha, mas um deles ficou na minha memória. Foi um radinho Mitsubishi, japonês que tinha uma capa de couro, alimentado por quatro pilhas do gato pequenas. Ouvi muitos jogos de futebol nele, também muitos programas e noticiários. Ouvia a Globo do Rio, a Record, a Bandeirantes, as rádios do Recife e, lógico, a Rádio Difusora de Pesqueira. Esse radinho era meu fiel companheiro nos meus primeiros tempos em Pesqueira.

Nunca perdi o contato com o rádio. Nem hoje que temos à disposição toda sorte de tecnologia. Mas, para mim, o rádio continua o mesmo. Não possuo mais meu rádio Mitsubishi, mas possuo outros. Sempre ouço rádio. Adoro. Inté.

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