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Opinião
20/07/2005 - 18h07
Estado policial
José Nivaldo Cordeiro - MSM
 

O terrorismo fiscal, à falta de outro mais eficaz para que o PT e seu governozinho aterrorizem a população, está instalado. É o Estado utilizado enquanto instrumento da luta de classes como sempre acontece quando as esquerdas tomam o poder. É a luta dos agentes estatais contra população trabalhadora, os empresários e seus colaboradores, subjugada por uma ordem jurídica pacientemente construída ao longo de décadas de revolução gramsciana, que tem na pletora de leis anticidadãos a sua ponta de lança mais destruidora. Em paralelo, foram construídos os mais eficientes e espetaculares sistemas informatizados de controle, eliminando completamente a privacidade econômica dos que trabalham. A CPMF é apenas um dos aspectos invasivos e espoliativos desses sistemas demoníaco que escravizaram toda gente ao senhor Rachid, atual secretário da Receita, braço mais longo do Grande Irmão.

Essa revolução terrorista se deu (e ainda se dá, pois não foi encerrada e o PT no poder acelerou o processo) em vários níveis. No constitucional e no infraconstitucional. Na elaboração dos decretos, portarias e Instruções Normativas emanados dos múltiplos órgãos de poder. Sua lógica é sempre a de esbulhar o cidadão, criminalizá-lo em favor do Estado todo-poderoso. Em paralelo, mentes e corações foram mudados. Agentes públicos foram doutrinados para serem agentes políticos. Juizes, promotores, policiais, fiscais, toda a elite do núcleo de poder de Estado, com a exceção provável das Forças Armadas, foi pouco a pouco assumindo a condição de múltiplas cabeças da hidra socialista, hipinotizadas pelo gramscimo, ventrílocos dos revolucionários encastelados nos partidos socialistas. No Direto, todos seguem Bobbio, Rawls e seu divulgador-mor entre nós, Miguel Reale, na apologia do direito alternativo e na transformação da ordem jurídica em instrumento do igualitarismo. No mundo econômico só se fala em distributivismo, apoiando-se nas baboseiras teóricas de socialistas como Keynes, Marx e seus discípulos.

Desde então promotores viraram paladinos da moralidade pública ao revés, pois deveriam ser o agente a proteger o cidadão diante do Estado todo-poderoso e não o contrário. Delegados de polícia esquecem a lei e partem para os espetáculos pirotécnicos a fim de "assustar" os supostos inermes criminosos. Juízes fazem expedir mandados que mantêm as formalidades da lei, que se revestem da mais abusiva arbitrariedade. Escritórios de advogados são invadidos na calada da noite, como se não bastassem as "provas" que os sistemas informatizados geram. E tudo dentro da maior normalidade, como se vivêssemos o Estado de Direito. Eu mesmo tive oportunidade de assistir a reuniões de cúpula de governo para propor "reformas" tributárias e vi como essa gente pensa: formula-se tudo aquilo que se pode passar na correlação de forças políticas no Legislativo, não aquilo que é moralmente correto e razoável. O objetivo é tributar o máximo possível. Em legislativos regados a "mensalões", onde a representatividade desaparece enquanto conceito mesmo, elevação de impostos não passa de assalto legalizado aos bolsos da população. Quanto mais impostos, maior o "mensalão". Não por acaso a carga tributária é elevada todos os anos, sistematicamente.

Depois esses mesmos agentes, ladrões solertes, passaram a aprisionar quem trabalha, toda a máquina jurídico-político-policial-carcerária foi posta para a funcionar como um rolo compressor contra os "burgueses". Mais das vezes sob o aplauso deles próprios, uns ignorantes que não tiveram senso de perigo, votaram em Lula "lá", apoiaram desde sempre a doutrinação dos "movimentos pela ética", "Fome Zero" (risível), desarmamento civil e todos os absurdos que contribuem para enfraquecer os cidadãos, "responsabilidade social" do tipo que o Antonino Trevisan arregimentou. Justo ele que ajudou a enriquecer do nada o filho de Lula de forma espúria. É escandaloso.

O recente caso da Daslu, uma empresa tradicional, é o último episódio desse processo kafkiano. A injustiça assumiu descaradamente o papel de justiça. Seus proprietários, feitos prisioneiros, nada mais são do que prisioneiros políticos. PRISIONEIROS POLÍTICOS, SIM! É preciso que toda a gente saiba disso e grite, pois senão esse tipo de ação crescerá exponencialmente.

Esse mesmo Estado é o que financia, protege e isenta de culpa quadrilhas organizadas como a do MST, vagabundos que levam a vida a atentar contra o direito de propriedade privada e a ordem jurídica. São inimputáveis ao olhar dos socialistas.

Esse processo se deu ao longo de décadas, com a cumplicidade da mídia, dos bem-pensantes, da academia, da FIESP, de toda a gente que ignora a natureza humana, a tradição, o senso comum de justiça, a verdade que encontra no argumento liberal. Ainda hoje (16/07) pude ler no editorial ("Operação Narciso") da Folha de São Paulo: "É auspicioso constatar que as instâncias incumbidas de fazer cumprir a lei vão se dispondo a atuar também contra setores das elites, o que confere ao país - a exemplo do que ocorre em democracias mais desenvolvidas, como os Estados Unidos - um caráter mais republicano". Santa ignorância que não percebe que aqui não se trata de punir os "ricos", mas de um abuso legislativo acumulado com o abuso de autoridade, aquele nível de abuso que os combatentes da liberdade não poderiam aceitar e se omitir. BASTA!

Estamos diante do maior de todos os abusos, que sacrifica tudo e todos, ricos e pobres, a própria ordem econômica. Está proibido produzir, gerar empregos, ter uma vida econômica livre das ameaças dos esbirros da lei injusta. Elimina assim a própria condição de sobrevivência de todos. Estão destruindo o Brasil.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro é economista e mestre em Administração de Empresas na FGV-SP.

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