Dia amanhecendo, Maria acordando. A cara fechada passa a sensação de quem levou um pé na bunda para pular da cama.

Maria, Maria de quem nada sei e só imagino, teria um diário onde registra os seus momentos alegres e tristes, amores e desamores? Acredito que não, é apenas mais uma Maria sem história, que segue a estrada da vida sem atropelar ninguém, andando devagar, ziguezagueando por vezes. De mãos vazias, sem pressa; se cansa para, descansa e prossegue. Sem horizonte, sem ponto de chegada. Sem ninguém a sua espera, pouco importando o que lhe aguarda na próxima curva. E se não percebe o dia passar, pouco importa que a semana voe, o mês acabe e o ano finde. Maria continuará Maria sem eira nem beira...