06/05/2024  14h30
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
03/04/2019 - 06h46
A escola sem partido nem ideologia
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Em paralelo ao movimento da Escola Sem Partido, o governo investe na elaboração do sistema de educação domiciliar. Reservadas as proporções, as crianças voltariam a ter preceptoras como ocorria antigamente, numa época em que a educação era tarefa da mãe ou de pessoas especializadas contratadas pela família. É mais uma possibilidade de educação neste país onde o ensino, por uma série de razões, nem sempre é o mais adequado. Quem optar por esse meio protegerá seus filhos dos defeitos hoje existentes na escola, especialmente a pública, muitas das quais produzem analfabetos funcionais.

Durante os loucos anos em que tudo foi colocado à luz da democracia e se cultivou o direito sem obrigações, um dos setores que mais sofreram foi o educacional. Professores cooptados pelos políticos de esquerda tornaram-se militantes e grevistas quase profissionais. E os alunos restaram entregues à própria sorte. A política de produzir diplomas deixou de fazer avaliações e levou o alunado a receber o documento sem ter os conhecimentos necessários para deles poder fazer uso no prosseguimento dos seus estudos ou no mercado de trabalho. É o quadro perverso da educação brasileira ideologizada.

Desde 2004, educadores e pais de alunos empunham a bandeira do movimento Escola Sem Partido. Mas a tese pouco evoluiu porque os ideológicos de esquerda que infestam a escola acusam o movimento de pretender substituir a ideologia esquerdista pela de direita. O ideal é que não haja qualquer das ideologias no meio escolar. Que o sagrado espaço destinado ao aprendizado seja inteiramente tomado pela transmissão de conhecimentos e treinamento dos alunos. Nada impede que professores e mesmo os alunos em idade de fazer política, tenham sua militância. Mas isso deve ser no âmbito dos partidos ou nas campanhas eleitorais, nunca no ambiente escolar.

O Ministério da Educação e demais órgãos de controle escolar têm o dever de garantir a escola como ambiente de aprendizado e imune apolítica ideológica ou partidária. A liberdade de cátedra deve ser entendida como possibilidade do professor apresentar as matérias do programa da melhor forma que entenda, não para abandonar o programa e passar a lecionar ideologia aos alunos. O que se tem visto na escola brasileira é um acinte e sério prejuízo ao futuro. Quanto mais pregação política é ministrada ao alunado, menos matérias para a sua preparação. É preciso resgatar a escola e, feito isso, garantir que ela não volte a cair nas garras daqueles que usam a técnica de seduzir o jovem com ideologia, pouco se importando com o seu destino na sociedade. Precisamos da escola efetivamente sem partido, seja ele de esquerda, de direita ou de centro. Só dessa forma é que poderemos resgatar o ensino e oferecer aos jovens um futuro melhor...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.