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Opinião
12/04/2019 - 07h50
A reforma, além de política deve ser cultural
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Nós, brasileiros, vivemos um importante momento de resgate da regularidade e da simplicidade das coisas. Por tudo o que nos foi dado de informações sobre irregularidades, desvios, crises e suas motivações, somado ao desejo de mudanças manifesto nas urnas de 2018, vem a oportunidade de remover os maus hábitos e buscar a funcionalidade do Estado e da sociedade. As reformas já propostas pelo governo e as que ainda estão em gestação, constituem apenas uma parte da grande tarefa. O cidadão comum, titular da nacionalidade e destinatário dos serviços da máquina pública, tem de readquirir a confiança de que o dinheiro dos impostos recolhidos será rigorosamente carreado para as finalidades previstas em lei e jamais para pauta da corrupção e do enriquecimento ilícito. Os servidores públicos precisam recuperar a autoestima e, principalmente, não ver mais suas repartições inchadas por apadrinhados políticos cuja única obrigação concreta é cuidar dos interesses de seus caciques.

É necessário sepultar a idéia errada de que a democracia tem de ser ancorada em grupos ideológicos antagônicos que se engalfinham pela conquista de espaço e na cooptação dos incautos. Em momento algum alguém deve ser perseguido por pensar à direita ou à esquerda. O pensamento é livre e pode ser o condutor rumo ao aperfeiçoamento. Mas as ações tanto de uns quanto de outros, estas sim, devem ser rigorosamente observadas para evitar o cometimento de desobediência civil, contravenções e crimes em nome da ideologia, coisas muito comuns nas últimas décadas perdidas no proselitismo irresponsável. O fator político e as preferências do indivíduo jamais poderão nortear sua atividade profissional, para a qual recebe salários. O professor tem de ensinar o programa da instituição, não a militância política; o servidor da saúde tem de cuidar de suas obrigações, assim como os das demais áreas. Se quiserem fazer política, que o façam no âmbito dos partidos, nunca na repartição onde têm obrigações funcionais específicas a cumprir.

Ninguém deve ser punido pelo que pensa. Mas esse alguém não pode, a título de militância, trazer prejuízos à atividade profissional que exerce. Da mesma forma, grupos sociais jamais poderão agir com as próprias mãos e com isso periclitar o convívio social ou institucional. O Estado brasileiro tem e se fortalecer e organizar para garantir que cada cidadão tenha reconhecidos os seus direitos básicos, especialmente o de ir e vir em segurança, receber cuidados de saúde e educação, sem o risco de ser vítima daqueles que, por ideologia, opção de vida ou até desvio comportamental, tentem obter vantagens indevidas. Felizmente, a sociedade tem hoje esse entendimento e os parlamentares novos agem nessa direção restituidora de princípios e desenvolvimento.

Além de toda a reforma específica e setorial, o país, depois de tantos anos de desconstrução da autoridade e de princípios básicos promovida pelos demagogos caçadores de votos, necessita de uma verdadeira revolução cultural. Cada brasileiro tem de ser estimulado a compreender que é titulares de direitos e deveres e que, paralelamente, é impossível ter acesso aos direitos sem cumprimento dos deveres. A farra tem de acabar...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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