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Opinião
31/07/2019 - 05h43
O emprego e o preparo do empregado
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Depois da reforma da Previdência, que o Congresso Nacional deve aprovar até o mês de setembro, será vez de reformar a estrutura tributária, a administração pública, a política, a educação e outros setores. A sensação é de que durante as ultimas décadas em que se festejou democracia renascida em 1985 (quando os militares devolveram o poder aos civis), esquecemos de cuidar de economia, educação e outros insumos básicos cuja falta hoje coloca o país em crise e a população em dificuldade. Apesar de evoluções em vários setores, o número de desempregados não diminui e - o pior - muitos dos candidatos não preenchem os requisitos para as vagas em disponibilidade. O ensino, que se preocupou tanto com a politização do aluno e concedeu milhares de diplomas, não foi capaz de qualificar para o mercado.

A globalização com a abertura das fronteiras econômicas inviabilizou muitos negócios e eliminou milhares de postos de trabalho que migraram para a China e outros países mais preparados para oferecer os mesmos produtos a preços menores. Nós ficamos só com a parte consumidora. A robotização também substituiu o homem e a estrutura educacional não foi capaz de qualificá-lo para, no lugar de tarefas repetitivas, exercer a atividade decisória dos processos. É preciso compreender que, engolfados pelas “liberdades” e “direitos”conquistados, os governos, a sociedade e até os cidadãos tiveram a falsa impressão de rumarem ao porto seguro, não prestando atenção no desmonte das atividades produtivas e, principalmente, do emprego. Em vez de buscar a competitividade, ampliou-se o paternalismo e instalou-se a chamada república sindical, que acabou dando com os burros n’água.

Chegamos à dura hora de pagar a conta. As reformas são necessárias para reequilibrar as finanças públicas e tornar a economia atrativa aos investidores. Quando isso for conseguido, o país voltará a crescer e os empregos estarão de volta. Mas é preciso ter candidatos à altura. A rede de ensino, em vez de ideologia e partidarismo (independente se de esquerda ou direita) tem de ensinar seu alunado as técnicas para ingresso ao mercado. Mostrar que só os bons têm oportunidade no mundo cada dia mais competitivo e induzi-los a buscar a excelência. Feito isso, a missão educacional estará cumprida e, os que tiverem pendor para a política, que o façam, por conta própria, jamais por influência daqueles que têm o dever de ensinar-lhes línguas, ciências e outros ramos da educação formal.

A tarefa é gigantesca, irreversível e de salvação nacional. Espera-se que os congressistas, governo e até os partidos políticos compreendam a sua gravidade e não percam seu tempo discutindo ideologia, obstruindo ações ou tratando de questões que são de competência policial ou judicial. Se continuar perdendo tempo com essas coisas, não sairemos do atoleiro...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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