Talvez um dos maiores males que infernam a humanidade seja a falta de esperança. As pessoas estão perdendo até a fé, não sonham mais, preferem se agarrar ao materialismo e o desejo de consumo. Há um frenesi incrível pelos prazeres efêmeros, pelo modismo vulgar, pelo que é supérfluo e descartável. Até o amor está sendo descartado. Há até quem deboche dos que ainda acreditam no grande amor.

Está faltando, portanto, ao ser humano a emoção do romance, do romantismo, do sonho, da esperança, da fé. E também de acreditar e lutar por uma sociedade fraterna, digna e solidária.

Essa onda de frieza, materialismo e busca incessante e desesperada por prazeres efêmeros e consumismo desbragado só prejudica e inviabiliza a vida de verdade. Faz com que a pessoa fique escrava, refém e marionete do consumismo, da ambição e da vulgaridade.

Podem observar os olhos das pessoas não brilham de alegria ou felicidade, não demonstram paz de espírito fé na vida, mas aquele olhar obcecado pelo consumo, ambição, frieza de coração... Falta aquele brilho de humanismo, aquele brilho de esperança, aquela fé na via. Lembro o que disse Victor Hugo: "Se não há nada que brilhe debaixo da pálpebra, é que nada há que pense no cérebro, e nada há que ame no coração".

Os olhos têm que brilhar indicando esperança, alegria de viver, fé na vida e numa sociedade justa. Inté.