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Opinião
17/08/2019 - 07h11
Afinal, o que é qualidade de vida pra você?
Carla Verna
 

O mundo precisa de mais pessoas "despadronizadas" que ousam, que procuram o conhecimento, que se atualizam e que sabem que uma boa qualidade de vida para ela, não é necessariamente uma boa qualidade de vida para o outro. E vice-versa!

Durante toda minha vida, não me lembro de uma época em que se falou tanto em qualidade de vida. Ouvimos sobre hábitos para termos mais saúde, mais disposição, menos stress. Temos ânsia por mais descanso, mais horas de sono, mais viagens, mais passeios. Buscamos comidas mais saudáveis, menos correria, mais saúde mental...

Mas, espere um minuto. Mais horas de sono? Mais viagens? Menos correria? Isso se aplica a todo mundo? Se a resposta que você deu foi “Não!”, então algo está errado com esse conceito de qualidade de vida!

Estamos na era dos “métodos infalíveis” e das “receitas milagrosas”. Uma legião de pessoas busca viver melhor de acordo com a qualidade de vida que andam falando por aí, e não com aquela que acreditam ser melhor para elas.

Viajar, por exemplo, parece ser o “boom” do momento. Conhecer novos lugares, novas pessoas, novos ares. Mas, pasmem! Conheço pessoas que não gostam muito de viajar, que preferem ficar no conforto de seus lares. E elas não se parecem muito com ETs ou atrasadas neurologicamente. Será, então, que a qualidade de vida delas não está muito adequada?

E aquelas pessoas que não conseguem viver bem se o dia delas não for absolutamente cheio de coisas para fazer, que adoram viver na “correria”? Ou as que ficam plenamente satisfeitas em dormir 5 horas por noite ou, simplesmente, “não funcionam” antes das dez horas da manhã?

Gosto de refletir acerca desses impasses sobre gostar de dormir pouco ou muito, beber pouca ou muita água, sentir mais frio ou mais calor, mais fome e menos fome, ser mais magro ou mais gordo, ter o cabelo liso ou crespo, ser negro, branco ou amarelo, morar no ocidente ou oriente, na região tropical ou polar, e mesmo assim terem que dormir oito horas por noite, tomar dois litros de água por dia, se agasalhar no inverno para evitar resfriado e comer aveia no café da manhã para ter uma vida saudável.

Desconfio de pessoas que fazem tudo “certo”, mas não cumprimentam o seu vizinho, não sabem rir das pequenas coisas, viajam sempre em bando e não interagem com ninguém diferente quando chegam no destino, comem comida sem agrotóxicos, mas não reciclam o lixo.

Isso não quer dizer que, a partir de agora, você vai se entupir de gordura, passar todas as noites em claro vendo TV e comer só pizza no café da manhã. Quer dizer que o bom senso, unido ao que você gosta e te faz bem é, com certeza, a melhor qualidade de vida que você pode ter.

Aliás, o bom senso se encaixa em qualquer perspectiva, em qualquer situação, para qualquer pessoa ou causa.

Vejo muitas pessoas querendo se destacar na empresa, manifestações na sociedade por um mundo melhor, vejo famílias procurando se harmonizar, tudo em busca de uma melhor qualidade de vida. Porém, tudo isso pode ser em vão se não tiver a compreensão de que somos todos da raça humana, porém, com características diferentes e únicas.

Quando tudo isso não for mais uma imposição, e sim uma opção, um grande peso sairá de nossas costas.

Se conhecer, saber seus limites, o que te faz feliz ou triste, o que te causa incômodo ou conforto, estar perto de pessoas que agregam, evitar ambientes tóxicos, se colocar no lugar do outro. Estes, sim, são únicos a todos e fazem bem a qualquer pessoa, independente de estrutura física, intelectual, social ou cultural.

O mundo precisa de mais pessoas “despadronizadas” que ousam, que procuram o conhecimento, que se atualizam e que sabem que uma boa qualidade de vida para ela, não é necessariamente uma boa qualidade de vida para o outro. E vice-versa!

Pense nisso e tenha uma vida cada dia melhor. Pelo menos para você!


Nota do Editor: Carla Verna é psicóloga e palestrante especialista em qualidade de vida, gestão de equipes, inteligência emocional e motivação.

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