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Opinião
19/08/2019 - 06h29
A recessão e a responsabilidade de cada um
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O fraco desempenho da economia e as dificuldades de relacionamento entre as nações mais fortes do planeta sinalizam para a possibilidade de mais uma recessão global. Os capitais já fogem dos maiores centros econômicos e buscam mercados mais seguros para investir e lucrar. A queda do PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha, a saída da Inglaterra da Comunidade Européia e a disputa de mercado entre China e Estados Unidos são os principais ingredientes com o poder de detonar a bomba. Além da necessidade de reformas depois de governos inconsistentes, temerários e até corruptos, o Brasil ainda pode ser impactado pela possível volta da esquerda ao poder na Argentina, seu principal parceiro do Mercosul, que acaba de viabilizar o acordo comercial com a Comunidade Européia, um parto difícil que demorou duas décadas para ocorrer.

Otimista, o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que poderemos estar a salvo tanto da queda da atividade econômica internacional quanto da volta do peronismo-kirchnerismo na Argentina. Mesmo em crise, o mundo continuará consumindo os alimentos aqui produzidos e, se a Argentina travar, o Brasil sairá do Mercosul - afirma.

Partindo da premissa de que o ministro esteja certo, o que mais preocupa é a radicalização político-ideológica e a falta de compromisso dos detentores do poder e das lideranças, especialmente os congressistas, em relação à estabilização do país. Navegando em águas internacionais turbulentas, temos de ser estáveis e remar todos numa mesma direção, até para demonstrar segurança aos investidores e atrair capitais que migram dos grandes centros para portos mais seguros. É deplorável que todas as ações do governo sofram duro questionamento e tentativas de judicialização ou de desobediência civil mais desordeira que propositiva. Deputados e senadores precisam se lembrar que, assim como eles, o governo foi eleito democraticamente e tem prazo de validade até 2022. O governo, seu presidente e auxiliares não podem se esquecer da necessidade de propugnar pela paz garantidora de avanços. Também o Judiciário e o Legislativo não devem ignorar suas relevantes tarefas de manutenção da estabilidade leve ao porto seguro.

As reformas - da Previdência, tributária, administrativa, política e outras - são imperativos de convivência no mundo globalizado, onde tudo ocorre velozmente. Se não forem definidas, com as propostas do Executivo e as modulações e revisões do Legislativo, o país e o povo perderão e sofrerão muito. A trocas de farpas, incompreensões e medidas de represália no meio político, administrativo e institucional são deformações do meio. Os parlamentares têm o dever de atuar pela atualização, entendimento e estabilidade. Não o fazendo, o país será fatalmente mais uma vez tragado pela crise, agora de nível internacional. O povo sofrerá e os membros do Legislativo, Executivo e até do Judiciário que priorizarem teses particulares ou de grupos em lugar do interesse público, terão seus lugares de vilões garantidos na história do período em que vivemos. A tarefa é árdua e urgente e sua importância vital. Pesem nisso...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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