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Opinião
04/09/2019 - 05h27
O Brasil e a verdadeira democracia
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A idéia de que com uma pintura de democracia se resolveria todos os problemas do país, largamente praticada a partir de 1985 - quando os militares de 1964 devolveram o poder aos civis - nos conduziu à crise hoje vivida. Radicais que estiveram exilados, maldosa ou inconscientemente, montaram o discurso democrático ignorando que o regime político, mesmo calcado na igualdade a todos, carece também de regras para que uns respeitem o direito de outros e vice-versa. O que tivemos nesses loucos anos de transição entre os séculos 20 e 21, foi uma nefasta difusão anárquica. Com o beneplácito de governantes incompetentes e demagogos, criou-se a cultura dos direitos sem deveres, do escamotear das penas judiciais e do enfraquecimento das instituições de defesa do Estado. Isso tudo serviu aos propósitos dos que, com discurso sedutor, buscavam a ascensão ao poder e, uma vez encastelados, negaram tudo o que antes pregavam, especialmente no tocante à moralidade administrativa.

Nessas pouco mais de três décadas de democratismo irresponsável, cultivou-se problemas que nos atravancam. Milhares de políticos tiveram de recorrer a métodos pouco ortodoxos (até criminosos) para se manterem competitivos e hoje são investigados, processados e até presos. Governos formaram suas maiorias barganhando cargos e até ministérios “de porteira fechada” por votos parlamentares e, ainda, sangraram cofres estatais para o custeio das eleições e das propinas. A máquina pública é pesada e ineficiente e o déficit voraz e afugentador dos investidores que poderiam alentar a economia e o país. O povo, carregado de “direitos” reclama mas não muda seus conceitos, continuando como refém da estrutura danosa montada em nome da democracia. As facções criminosas proliferam, se empoderam e escravizam a população feita refém.

Como resultado, os políticos - com raras e honrosas exceções - são considerados suspeitos, o mesmo ocorrendo com membros de todas as forças institucionais. É preciso por um fim nesse imenso barril de pólvora. A Nação - no seu sentido mais amplo, constituída por todos os cidadãos - precisa ser conscientizada de que democracia não é aquilo que os interesseiros lhe falaram para arrebatar seu voto. Que, numa democracia de verdade, todos se respeitam e são titulares de direitos e deveres e, via de regra, o direito de um tem como divisa o seu próprio dever e o direito do outro. Importante também lembrar ainda que sem autoridade e respeito às leis, não há desenvolvimento, liberdade e nem segurança pessoal...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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