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Medicina e Saúde
23/09/2019 - 07h46
Tabagismo é um dos vilões da infertilidade
Marcelo Marinho
 

Como definição, a infertilidade é uma condição que decorre da incapacidade do casal de engravidar após 12 meses ou mais de tentativas por relação sexual desprotegida. Essa incapacidade acomete cerca de 15% dos casais.

Diversos fatores contribuem como causas de infertilidade e, dentre eles, o tabagismo, que pode alterar o ciclo reprodutivo das mulheres, assim como dos homens. Acredita-se que mais de 30% das mulheres sejam fumantes nos EUA. No Brasil, dados do Ministério da Saúde sugerem que de 10 a 15% da população brasileira tem hábito de fumar.

É consenso que o fumo tem o potencial de atrasar a concepção, aumentando o risco de infertilidade. Um importante estudo publicado em uma das maiores revistas de Reprodução, a Fertility and Sterility, demonstrou atraso do tempo para a concepção correlacionado ao número de cigarros por dia, com atraso da gravidez (mais de 12 meses de tentativa) em 54% das mulheres.

O consenso mais atual sugere haver uma relação de causa e efeito entre o fumo e os diversos parâmetros das técnicas de tratamento de reprodução e essa relação parece ser dependente da quantidade de cigarros consumidos por homens e mulheres, embora não se possa definir categoricamente o ponto de corte exato.

Outro efeito do fumo na vida das mulheres se dá na reserva folicular ovariana, ou seja, na reserva de óvulos, propriamente dita. Tanto em homens como em mulheres, a gametogênese também é afetada em graus variáveis, produzindo alterações cromossômicas e do DNA.

Como se não bastassem esses efeitos prejudiciais do fumo na fertilidade, o tabagismo também pode causar perdas gestacionais seja em gravidez espontânea como nas após tratamento especializado.

As explicações são de um lado as possíveis alterações cromossômicas dos gametas (óvulos e espermatozoides), gerando embriões com algum tipo de alteração, e de outro os efeitos vasoconstrictores, o que pode conduzir a problemas placentários, com impacto no crescimento e desenvolvimento do embrião e feto. Alguns estudos têm demonstrado ainda um prejuízo na atividade de diversas substâncias antioxidantes dos espermatozoides.


Nota do Editor: Marcelo Marinho de Souza é diretor-médico da Fertipraxis - Centro de Reprodução Humana (www.fertipraxis.com.br).

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