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Opinião
16/10/2019 - 06h43
Política, religião, devoção e município
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Política é a arte ou ciência de governar, organizar, dirigir e administrar as nações, estados e municípios. A definição é clara e está nos dicionários que, ao mesmo tempo, apontam religião como crença na existência de um poder ou princípio superior, sobrenatural, do qual depende o destino do ser humano e ao qual se deve respeito e obediência; e devoção, como o apego sincero e fervoroso a Deus ou aos santos, sob uma forma litúrgica. São três elementos diferentes. Mas, infelizmente, observamos milhares de brasileiros raciocinando política como se fosse religião ou devoção. Possivelmente enganados por líderes espertos e pouco comprometidos com a verdade, fazem questões de ignorar informações e acreditam cegamente naquilo que lhes é dito. É uma grande decepção quando o eleitor descobre que o “santo” em que foi levado a votar cometeu algum tipo de irregularidade ou simplesmente não correspondeu às expectativas do posto para o qual foi eleito. Pior é quando, mesmo informado, não acredita.

Estamos no último trimestre de 2019 e 2020 será ano de eleições. O eleitorado será chamado a eleger 5568 prefeitos, igual número de vice-prefeitos e 56.810 vereadores. Pré-candidatos já circulam em festas, pontos movimentados e também nas redes sociais, em busca de seu objetivo. A eleição municipal é mais importante do que a nacional e a estadual porque, como já disseram importantes figuras, ninguém mora na União e nem no estado, mas todos moramos no município. Quem a gente eleger vai cuidar diretamente dos nossos interesses e do bem-estar de nossa família. Se não for alguém capacitado, o sofrimento será certo. Esse é o momento ideal para o eleitor observar e, mais do que escolher em quem votar, decidir com segurança em quem não votar. É importante que o dono do voto saiba o que faz um prefeito, um vice-prefeito e um vereador para depois verificar quem dos seus conhecidos ou postulantes reúne as melhores condições para exercer as funções. Se forem escolhidos incapacitados ou ímprobos, a derrocada será certa. Tanto o prefeito quando os vereadores têm de ser sérios, defensores dos interesses do município (não dos próprios interesses) e comprometidos com o eleitorado. Há muitos casos em que os governos da União e do Estado enviam aos municípios obras e serviços desnecessários que, muitas vezes, atendem só os propósitos de aliados políticos e até a corrupção. O prefeito e o vereador têm o dever de recusá-las em defesa do município e do povo.

Interessa ao eleitor analisar o que cada candidato propõe, verificar o que ele já fez na sua vida pública ou particular e, conhecendo seus feitos e defeitos, decidir se ele é ou não digno e merecedor do seu voto. Toda vez que o voto for dado sem esse cuidado, é retrocesso e mais problemas para todos. A eleição tem de ser interpretada como a única oportunidade em que o cidadão comum pode interferir nos rumos de sua comunidade. Com o sigilo do voto garantido, ele pode demitir ou manter o político que hoje governa e os legisladores. É o único momento em que o destino da cidade, estado ou país está em suas mãos. Passada essa oportunidade, outra só virá, para o mesmo cargo, dentro de quatro anos.

Não se deve confundir política com religião ou devoção. Tudo é importante, mas cada coisa em seu devido lugar...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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