Eu a conheço muito bem. Ela não transparece ter a idade que tem, mas a tem. Ainda não chegou aos cinquenta, mas está quase lá. Ela não tem mais o vigor de uma moça de trinta, mas a sua positividade em relação às dificuldades da vida continua intacta. Ontem, conversando com uma das suas sobrinhas, descobri que ela não está acreditando que chegou à última fase dos quarenta. Embora não seja nenhuma novidade para ninguém que a idade chega para todo mundo. Outrora eu tinha quinze, hoje estou indo para a casa dos enta (quarenta). E assim também foi com ela: Dona quase cinquentona que nos tempos bons, tinha uma pela lisa, mas hoje traz em seu rosto as marcas de expressão de tempos bem vividos. Seria isso um sinal da geração 5.0? Penso que sim. Todavia para chegar nesta idade, em um país onde os seus habitantes não têm nenhuma perspectiva de mudança, não foi nada fácil e jamais poderia deixar de ser comemorado. Hoje aos vinte e dois dias do mês de outubro de dois mil e dezenove, dona quase “cinquentona”, uma mulher que conseguiu transpor todos os possíveis obstáculos - das perdas dos entes queridos à solidão paterna - está completando quarenta e nove anos de idade e, do nascimento do seu filho à criação dos seus sobrinhos, ela pôde aprender a boa arte de se reinventar em meio ao caos. A dona quase cinquentona, inspiradora desta crônica, mas conhecida como Claudinha, sempre foi vista como uma mulher que esteve à frente do seu tempo. Ela sempre foi batalhadora, inspiradora e, sobretudo, uma mulher que não se vitimizou frente às dificuldades do dia a dia. Numa época em que quase nada conspirava a seu favor, ela soube manter seus planos vivos e intactos. Por isso que, atualmente, dona quase “cinquentona”, moradora de Nilópolis, cidade mais conhecida como a princesinha da baixada fluminense, mãe de um garoto inteligente, o Arthur Fabricio e casada com um torcedor doente do Sport, Augusto Fabrício, merece todas as nossas honrarias. Parabéns, Claudinha!!! Nota do Editor: Leandro Silva, 36 anos, é, modéstia à parte, niteroiense, casado com Aline Junior, pai de Théo de Souza da Silva, autor dos livros “Pais e Filhos” (2017) e “Tecendo Ideias, e Criando Histórias” (2020), Professor e Historiador pela Universidade Gama Filho/RJ; Técnico em Secretaria Escolar; Coordenador Pedagógico; Especialista em Gestão Escolar pela Faculdade Famart/MG; Escritor; Roteirista da vida. Amante da literatura brasileira, do jornalismo investigativo, do teatro e da comida caseira.
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