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Medicina e Saúde
21/12/2019 - 08h12
Combate à dengue
 
 
Especialista alerta que vacinação em pessoas anteriormente infectadas protege contra as formas graves do vírus

O verão se aproxima e, com ele, a preocupação com os casos de dengue. Além de ser a estação mais quente do ano, o período é também o mais chuvoso e úmido, o que aumenta a proliferação do mosquito Aedes aegypti. 2019 já registra o segundo maior número de casos da doença em São Paulo: foram mais de 16.700 só até o dia 9 de dezembro, segundo boletim epidemiológico da Prefeitura. Só perde para 2015, que teve mais de 100 mil casos.

Segundo a Dra. Melissa Palmieri, coordenadora médica do Grupo Pardini e especialista em Vigilância em Saúde, além das estratégias de controle ao vetor, deve-se sempre buscar medidas complementares de proteção individual, como o uso de repelentes, redes de proteção contra mosquitos e vacinação.

Disponível há apenas três anos, a vacina é indicada para a prevenção da doença causada pelos 4 tipos de vírus da dengue, e é recomendada para quem já foi infectado anteriormente por qualquer um deles. Ela é encontrada nos serviços privados e deve ser aplicada em três doses com intervalos de seis meses (0, 6 e 12 meses) para garantir a eficácia, que é de 60,8% para os casos clássicos, 95% para os casos graves e severos, e 80,3% para redução das hospitalizações. “É primordial que as pessoas entre 9 e 45 anos, que já tiveram a doença, iniciem a vacinação o quanto antes, tendo em vista o benefício da proteção ao término da última dose”, explica a médica.

Outra medida que pode evitar o aumento de casos da doença, segundo a Dra. Melissa, é o projeto do Ministério da Saúde de usar a bactéria Wolbachia em mosquitos infectados para bloquear a transmissão do vírus pelo Aedes aegypti. “O método testado inicialmente pela Fiocruz teve um resultado positivo e evita a transmissão não só da dengue, mas também de zika e chikungunya”.

Abaixo, ela tira dúvidas importantes quanto ao tema:

1. Em que casos ou perfis da população a vacinação é contraindicada?

• Gestantes ou mulheres com atraso menstrual

• Doença febril

• Uso de corticoides prolongados na forma oral ou injetável

• Tratamento à base de imunossupressor

• Uso de outras vacinas vivas com intervalo inferior a 30 dias

• Histórico de reação alérgica grave a qualquer componente da vacina contra a Dengue ou pacientes que tenham apresentado reação alérgica grave após a administração prévia da mesma ou de outra vacina que contenha os mesmos componentes.

2. Quais são os eventos adversos esperados?

Pode ocorrer dor de cabeça, dor no local da aplicação, mal-estar e dor muscular. As reações adversas são geralmente leves e de curta duração, exceto para febre, que poderá ocorrer dentro de 14 dias após a vacinação. As reações sistêmicas tendem a ser menos frequentes na segunda e na terceira aplicação, em comparação com a primeira dose.

3. Qual a situação da dengue no Brasil?

De acordo com o Ministério da Saúde, de 30 de dezembro de 2018 a 24 de agosto deste ano, foram registrados 1.439.471 casos de dengue em todo o país. A média é de 6.074 casos por dia e representa um aumento de 599,5%, na comparação com 2018. No ano passado, o período somou 205.791 notificações. Minas Gerais e São Paulo são os estados com maior número de ocorrências.

Atualmente, a taxa de incidência da dengue no país é de 690,4 casos a cada 100 mil habitantes. No total, 591 pacientes com a doença morreram, neste ano, em decorrência de complicações do quadro de saúde.

O mosquito foi erradicado em dois momentos no Brasil, nas décadas de 1950 e 1970. No entanto, de lá para cá, ele se fortaleceu. Em 2003, o programa nacional de erradicação se transformou em programa de controle do inseto. Os anos 2010, 2013, 2016 e 2019 foram anos epidêmicos. 2019 tem números assustadores. É o segundo pior ano.

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