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Opinião
25/12/2019 - 07h16
As torres, a tecnologia e a economia
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Décadas atrás, o brasileiro que viajasse aos Estados Unidos ou Europa, tinha sua atenção chamada para o grande número de torres existentes nas cidades. Não só aquelas que se tornaram marcos das localidades onde se encontram e originalmente serviam para a emissão de sinais de rádio e televisão, mas dezenas, até centenas de outras de menor porte. Estas já serviam ao nascente telefone celular e a outros sistemas de comunicação. A chegada das torres ao Brasil, no começo dos anos 90, junto com a telefonia celular analógica, disputou o alto de prédios residenciais e comerciais e logo passou a investir em estruturas próprias que, por falta de tecnologia e adaptação ambiental, chegaram a causar acidentes e a amedrontar a vizinhança. O noticiário registra a queda de alguns dessas estruturas, especialmente no decorrer de tempestades com muito vento. Mas essa fase foi superada e hoje ninguém se incomoda com a torre vizinha.

Agora vemos que, além de base para a comunicação de diferentes níveis, a torres também se tornaram um bom negócio. Tanto que bancos e estrelas da economia nacional já nelas investiram e está chegando uma empresa sul-africana que já opera 24 mil torres em cinco países, tem escritórios na Inglaterra, Holanda, Emirados Árabes Unidos e Ilhas Maurício, interesses comerciais nos Estados Unidos, e acaba de investir R$ 2,5 bilhões na aquisição de 2 mil torres no Brasil. O negócio das torres tornou-se atrativo frente à expectativa da chegada da telefonia 5G, que abrirá à rede para a chamada “internet das coisas”.

Apenas com a rede de 4G, já tivemos profundas alterações no formato de se fazer as coisas. As comunicações tornaram-se céleres e interativas - hoje o computador faz ponte e “fala” com o rádio, a TV, o telefone, equipamentos hospitalares e outros instrumentos - e o mundo, antes atingível só através de longas e caras viagens, é acessado no simples apertar de teclas. Os processos industriais se automatizaram e a tecnologia ruma para a chamada inteligência artificial. Saúde, educação, lazer, mercado,mobilidade e tantas outras coisas passaram a ser elementos da rede e, em última análise, dependente das torres. Logo, com a internet 50 vezes mais rápida que atualmente, finalmente estará disponível e cada vez mais acessível a sonhada “casa inteligente”, onde o morador acessa recursos através do smartphone e, quanto chega, tudo já está pronto para o uso. Isso sem falar do aparato de vigilância eletrônica e segurança do patrimônio. Isso também vale para a sede da empresa e dos negócios.

O Brasil é, sem dúvida, um grande celeiro de tecnologia e oportunidades. É preciso agora que governos e lideranças de todos os setores se interessem em colocar esse arsenal a serviço da população. Não podemos continuar vivendo como a Belíndia (mistura da pequena e desenvolvida Bélgica e com a grande e atrasada Índia), citada pelo economista Edmar Bacha no seu ensaio de 1974. Até porque a própria Índia, apesar dos seus problemas, se desenvolve e constitui um importante país emergente...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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