Médico da Santa Casa de Cruzeiro explica razões e como prevenir problemas
Com calor acima da casa dos 30 graus, o corpo transpira sem parar e nem sempre a ingestão de líquidos é feita da maneira como deveria, para manter a hidratação. Somando-se a isso o fato do consumo de alimentos industrializados, com excesso de sódio, é nessa época mais quente do ano que se tornam comuns alguns problemas do sistema renal. Os rins são os principais órgãos do corpo humano e controlam a quantidade de água e sal, eliminam toxinas, ajudam a controlar a hipertensão arterial, produzem hormônios que impedem a anemia e a descalcificação óssea, e eliminam medicamentos e outras substâncias ingeridas. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a incidência de pedras nos rins, por exemplo, aumenta drasticamente no verão, atingindo cerca de 20% das pessoas. “No verão, a urina fica mais concentrada, o que acaba contribuindo com a formação dos cálculos, uma vez que transpiramos mais e nem sempre tomamos a quantidade de água que seria necessária”, explica o médico nefrologista da Santa Casa de Cruzeiro, Rodrigo Celso Maluhy. Os principais sintomas dos cálculos renais são: fortes dores, náuseas, vômitos, febre, presença de sangue na urina e sensação de bexiga cheia com maior frequência para urinar. Porém, o médico lembra que os cálculos podem ser assintomáticos durante anos ou sequer apresentarem sintomas. Na maioria dos casos, as pedras medem até 4 milímetros e são expelidas de forma natura pela urina. Prevenção A melhor forma de prevenir doenças do sistema renal é ingerir até 2 litros de água diariamente, controlar o sal com uma dieta equilibrada e não fazer consumo excessivo de proteínas, principalmente carnes vermelhas, que aumentam a quantidade de ácido úrico e favorecem o surgimento das pedras nos rins. Também é recomendado cuidado com a ingestão de cálcio, principalmente para quem já tem histórico familiar.
|