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Medicina e Saúde
18/03/2020 - 05h29
Daltoquê?
 
 
As características e desafios do daltonismo

Cores. Elas aparentam estar presentes da mesma forma para todas as pessoas do globo. Porém, na prática, as coisas podem funcionar de forma diferente. É nesse contexto que surge o Daltonismo, uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar algumas ou todas as cores.

O distúrbio entrou em cena no século XVIII quando recebeu esse nome para homenagear o químico Jonh Dalton, primeiro cientista a estudar a anomalia da qual ele mesmo era portador. Desde então, muito se descobriu sobre suas características e variações. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 350 milhões de daltônicos no mundo e oito milhões estão no Brasil.

O tipo mais comum de daltônicos são aqueles que apresentam dificuldades em reconhecer as cores vermelha e verde, seguidos por aqueles com problemas na percepção do azul e amarelo e, por fim, dos daltônicos portadores de cegueira de cores, ou seja, enxergam o mundo em preto, branco e alguns tons de cinza.

Cerca de 3 a 8% da população é atingida pelo daltonismo, com prevalência de 8% nos homens e 0,5% nas mulheres. Na maioria das vezes, o problema aparece por questões hereditárias causando uma falha no desenvolvimento de um ou mais dos três conjuntos de cones que reconhecem as cores.

Entretanto, o distúrbio também pode ocorrer por lesões da retina ou nervo óptico provocadas por exposição às substâncias tóxicas como álcool, tabaco, drogas ou por lesão de origem neurológica.

Por ser uma anomalia de origem genética, o daltonismo afeta, na sua grande maioria, os homens, por consistir em uma alteração no cromossomo X. Para que se manifeste na mulher, é preciso herdar o cromossomo X alterado do pai e da mãe.

“Como as mulheres têm dois cromossomos X, a anomalia de um deles é compensada pelo outro, o que explica a baixa incidência no sexo feminino”, pontua Dra. Maira Saad de Avila Morales, presidente do Departamento Científico de Oftalmologia da Associação Paulista de Medicina (APM).

Além da dificuldade na diferenciação de cores, o daltônico, assim como a população em geral, pode apresentar erros refratométricos como miopia, hipermetropia e astigmatismo, que devem ser diagnosticados e corrigidos com uso de lentes corretivas.

Diagnóstico

Identificar a presença do daltonismo precocemente é um processo de observação. Normalmente, já é possível percebê-lo a partir dos três anos de idade, pois é a fase em que as crianças começam a caracterizar o mundo por tonalidades.

O diagnóstico é realizado por três tipos diferentes de exames e que, além de diagnosticar o quadro, permite determinar o grau de comprometimento na percepção das cores. Um dos testes chama-se Ishihara, no qual uma figura é desenhada no cartão contendo pontos com pequenas variações de tonalidade. Pessoas com visão normal identificarão facilmente, mas um daltônico terá dificuldades em visualizá-la. 

O método citado não pode ser utilizado por crianças que ainda não passaram pelo processo de alfabetização “Como alternativa desenvolveu-se uma forma secundária em que os cartões, ao invés de números e letras, apresentam desenhos de figuras geométricas, como quadrados, círculos e triângulos, podendo ser facilmente identificados pelos pequenos em idade pré-escolar”, acrescenta Dra. Maira.

Tratamento

Atualmente, não existe nenhum tipo de tratamento conhecido voltado para o daltonismo. “O diagnóstico precoce pode permitir a aplicação de métodos educacionais específicos para proporcionar à criança uma melhor adaptação à capacidade diminuída de reconhecimento da cor”, afirma a especialista.

Lentes de óculos com filtro de cor não corrigem o problema, porém melhoram um pouco o contraste e a convivência com o problema. Elas auxiliam portadores a perceberem mais precisamente as cores vermelha e verde, mas só podem ser usadas ao ar livre sob condições de luz intensa. No caso dos adquiridos, o daltonismo pode regredir ou estabilizar desde que a causa seja combatida.

É importante pontuar que a justiça brasileira reconheceu aos daltônicos os direitos da Convenção Intramericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra Pessoas Portadoras de Deficiência estabelece.

Dra. Maira diz que essa é uma conquista fundamental “Isso prevê que os cursos de educação complementar públicos ou privados devem promover adaptações em materiais didáticos para possibilitar o acesso dos daltônicos à informação”.

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