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Opinião
20/04/2020 - 07h49
Troca de ministro e combate racional à pandemia
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Principal é a vida, mas para preservar a vida, não vamos esquecer outros problemas. A afirmação do presidente, ao demitir o ex-deputado Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde, demonstra a preocupação do chefe de Estado com o conjunto do país e não apenas com um setor. E o ato de exonerar quem diverge de sua linha de atuação é o normal para qualquer governante, seja ele da União, estado ou município. Quem não está disposto a atuar conforme determina aquele que recebeu os votos (como procuração) do eleitorado, não pode permanecer. Bolsonaro errou só numa coisa: não demitir o ministro logo na primeira trombada. Isso levou à perda de tempo e articulações dos que usam a pandemia para fins políticos e pouco se importam com a saúde e a vida do povo.

Nelson Teich, o novo ministro, tem nas mãos a tarefa de pacificar a área e buscar resultados sem que o combate ao coronavírus desequilibre a economia nacional já enfraquecida pela sucessão de erros, escândalos e crimes cometidos ao longo de sucessivos governos corruptos que hoje são acusados nas barras dos tribunais. Modular as ações de sua competência de forma a que morra o menor número possível de brasileiros acometidos do mal oriundo da China e que tanto durante a batalha quanto depois dela, comércio, indústria, agricultura e serviços estejam funcionando e a população, com trabalho e renda, possa se alimentar, pagar suas contas e consumir, refazendo-se o ciclo virtuoso que sustenta a economia. Essa tarefa também é de governadores e prefeitos que, inspirados ou em parceria com o ex-ministro, mandaram parar tudo e hoje levam a comunidade ao desespero pela cessação de seus negócios e falta de horizontes para o futuro. Não se envergonhem de mudar suas determinações se assim exigir a sociedade a quem, pela via das eleições, se comprometeram servir. O Poder Judiciário não deve se imiscuir em questões que não são suas e, por prudência, evitar mediar ou optar por questões políticas ou subalternas nesse momento difícil.

Está claro que o Brasil tem uma grande dívida para com a população no quesito Saúde. Nos loucos anos em que significativa parcela da renda nacional foi desviada para a corrupção, deixou-se de ampliar o parque hospitalar e até de fazer a manutenção dos equipamentos já existentes. Por isso hoje se tenta fazer os leitos e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) não serem acionados. Mas fazê-lo colocando praticamente toda a população em prisão domiciliar, pode não ser a solução. Tanto não é que, mesmo com as restrições, o noticiário mostra os hospitais já ficando cheios. O pretendido abrandamento da demanda mais se parece uma tentativa de evitar a demonstração de que “o rei está nu”, como na velha fábula, por não ter feito no devido tempo os investimentos no setor. Entenda-se como “rei” o governador, o governo, ou ambos.

Nada de isolar. Apenas se promova regime diferenciado aos indivíduos de risco - maiores de 60 anos e portadores de comorbidades de todas as idades - e deixem os outros trabalhar. Que para circular rumo ao trabalho nas ruas, praças, transporte e demais locais públicos, todos sejam obrigados a usar máscara e as empresas que não puderem oferecê-las aos seus trabalhadores e familiares não sejam autorizadas a voltar à atividade. Já sofremos muitos surtos, epidemias e pandemias e em nenhum deles fomos fechados em quarentena, mesmo tendo morrido muitos brasileiros (só na gripe espanhola morreram 35 mil). É preciso verificar rapidamente e definir qual o procedimento mais adequado para o momento. Essa a obrigação dos governos e dos centros de conhecimento em Saúde, especialmente as universidades públicas, custeadas pelos impostos recolhidos pela população. Mexam-se todos!...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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