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Opinião
10/06/2020 - 06h34
Antes (e depois) do coronavírus
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Mesmo matando mais de 400 mil ao redor do planeta, 37 mil dos quais no Brasil, e provocando por aqui uma crise político-institucional estúpida e sem precedentes, o coronavírus pode ser considerado um divisor histórico e social. Quando sua infestação terminar, nada será como antes. Por questão de sobrevivência - tanto na saúde quanto na economia - seremos todos levados a comportamentos mais racionais e sustentáveis. O comércio tradicional terá importante fatia arrebatada pela loja virtual. Muitos dos trabalhadores colocados em home-office por força da pandemia não voltarão ao posto original porque a prática emergencial revelou que em casa são mais produtivos e ainda deixam de perder tempo e de gastar dinheiro com transporte e indumentárias. Também chegaram para ficar as reuniões de trabalho e aulas por videoconferência e outros formatos à distância, que deverão melhorar em qualidade a partir do próximo ano com a chegada da rede 5G, que promete até 100 vezes mais de velocidade que a internet atual.

Diz o executivo Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho de administração do Bradesco - que tempos atrás ganhou notoriedade popular ao declinar do convite para ser ministro da Fazenda - ser as pandemias indutoras de mudanças. Pontua que, em meio à crise, as empresas e seus colaboradores encontram os ganhos de produtividade que mantêm vivos os negócios e, por isso, não mais serão abandonados.

As corporações e seus operadores - do presidente ao faxineiro - parecem ter compreendido que é preciso mudar para continuar vivo. E, além da ampliação dos recursos digitais, vão mudando seus paradigmas para enfrentar os tempos difíceis que, pelas características da Covid-19, ninguém sabe quanto ainda durarão. Precisamos que o mesmo ocorra no meio político-administrativo e institucional.

O permanente clima tenso de disputa e desencontros entre os membros do Executivo, Legislativo e Judiciário e as pendengas envolvendo os titulares dos diferentes níveis têm atrasado as reformas e prejudicado a vida da Nação. O povo já está enojado das manifestações que miram pessoas em vez de problemas. No lugar de ser contra ou a favor deste ou daquele político, as mobilizações populares têm combater males como o desemprego, a precariedade da educação e da saúde e outros problemas, exigindo as necessárias mudanças, independente de quem esteja sentado nas cadeiras de governo. É preciso que políticos e lideranças tenham mais comprometimento com a nobre missão que o povo lhes confia e se esforcem numa mesma direção, evitando que o país e a sociedade sejam impactados por suas atuações e, principalmente, pelo interesse de cada um. Se cumprirem com as obrigações “de oficio” dos postos que ocupam e não invadirem área de atribuição alheia, será um grande avanço. Até porque, continuando nos altos índices de incompreensão e belicosidade dos últimos tempos, atrasarão (ainda mais) o país, farão o povo sofrer e passarão para a História com a imagem negativa daqueles que não cumpriram o seu dever e em nada contribuíram para o clássico e almejado bem-estar geral da Nação...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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