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Opinião
13/06/2020 - 07h48
A Nação e os números da Covid-19
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Todo o tiroteio político, jurídico, social, econômico e até institucional que se tem travado ao redor da Covid-19, é de uma irracionalidade monumental e constitui falta de comprometimento de seus praticantes com a causa pública. Homens e mulheres que se candidataram e foram eleitos ou admitidos por concurso público ou nomeação ad-nutum, comportam-se sofrivelmente e atrapalham a tarefa de combate epidêmico, que deveriam executar juntos. A divulgação superdimensionada do número de vítimas e as comparações do Brasil com países infectados de características e populações diversas da nossa, é a prática da mentira. Talvez atenda aos interesses dos administradores públicos que em vez de investir em ações para cercar a doença, preferiram comprar milhares de caixões mortuários, câmaras frias de necrotério e abrir covas nos cemitérios. Também pode servir aos que ousaram superfaturar compras emergenciais para roubar o dinheiro destinado a socorrer a população vitimada pelo vírus.

Bem fizeram os veículos de comunicação ao montar estrutura própria para contabilizar os mortos e adoecidos. Com isso, retornam ao passado de duas ou três décadas, quando mantinham equipes próprias espalhadas pelo país (e até no exterior) com a tarefa de levantar informações importantes e as consolidavam muitas vezes antes do governo. Oxalá, terminado esse período de aflição, mantenham a estrutura para novamente buscar a notícia na fonte. Seus leitores / telespectadores / ouvintes, dessa forma, serão melhor servidos.

Quanto ao governo mudar a metodologia de divulgação dos dados, não deveria provocar celeuma. O ministro interino da Saúde disse que, em vez de veicular só os casos confirmados cujas vítimas morreram vários dias antes e até no mês passado, informará também a data dos óbitos. Isto é, evitará que a soma das vitimas de diferentes dias leve os incautos (ou maliciosos) a dizer ou sugerir que morreram todos no dia anterior ao da divulgação. A transparência é de fundamental importância e a divulgação da data das mortes dará condições ao próprio povo para, mediante simples operações aritméticas, verificar se a infestação está aumentando, estabilizada ou diminuindo.

O conhecimento da realidade - não de versões que possam ser interesseiras - é instrumento importante para as autoridades adotarem procedimentos de defesa e até para o cidadão tomar suas atitudes de defesa tanto no terreno da própria saúde quanto na produção, trabalho e economia.

A verdade é libertadora. Da forma que a questão se encaminha, o governo continuará apurando e divulgando os seus números e os veículos de comunicação, com sua apuração independente, terão o importante papel de fiel da balança. Isso tirará a pandemia do domínio dos que buscam explorá-la eleitoralmente e, também, dos que nela identificam oportunidades para a prática da corrupção, esse endêmico mal que tanto tem feito o brasileiro sofrer...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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