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Crônicas
21/07/2020 - 07h11
Leiteiros e padeiros
Beatriz Cruz
 

Aqui em Taubaté, nos anos 50, o leiteiro passava pelas ruas com sua charrete trazendo latões de leite. As mulheres saiam das casas e se achegavam com jarras e caldeirões. Eu, criança ainda, só assistia à cena e ouvia o vozerio. Alguns anos depois, em São Paulo, vi que o leiteiro vinha bem cedinho num furgãozinho e deixava os litros de leite na porta das casas, numa caixinha ao lado do portão ou nos terraços. Esses litros eram de vidro. Depois de esvaziados e lavados, juntava-se alguns para levar à padaria que os comprava, para que pudessem ser esterilizados e reutilizados pelas cooperativas. A mesma coisa fazíamos com garrafas de refrigerantes e cerveja. Muita gente tinha em casa um recipiente para carregar litros vazios.

Os padeiros também circulavam em furgões, onde carregavam grandes cestas com pacotes de pães que iam entregando de casa em casa.

Naquela época mamãe comprava uns três litros de leite e dois pães chamados “filão”, que cortávamos em fatias ao consumir. Só conheci o “pão francês”, o “pãozinho” dos dias de hoje, algum tempo depois, acho que ainda não estava na moda. O tal filão desapareceu, deu lugar á baguete, bem mais magra do que ele.

Com o passar do tempo esse serviço de entrega de leite e pães, com pagamento mensal, também desapareceu. Talvez em algum lugar ou outro ainda exista, não sei. O que vejo agora é cada um comprar seus pães na padaria ou no supermercado. E falando nisso, lembro de um caso divertido acontecido numa padaria que eu frequentava perto de casa. Os rapazes que trabalhavam ali gostavam de brincar com os fregueses. Certa vez, quando à minha frente um garoto de uns doze anos pediu oito pãezinhos, o atendente perguntou de supetão: “É pra levar ou pra comer agora?” Foi tão rápido que o menino levou alguns segundos para cair na risada.

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