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Medicina e Saúde
07/08/2020 - 07h16
Ficar em casa para quê?
 
 
"As pessoas ouvem que devem ficar isoladas mantendo o distanciamento social, mas não entendem os motivos", diz especialista

Tossir, espirrar, rir, gritar, falar, cantar... De acordo com estudos mais recentes, todas essas ações podem estimular o contágio por COVID-19, especialmente em lugares fechados e com pouca circulação do ar, como elevadores, ônibus e metrôs. Até o momento, a comunidade científica confirma apenas a transmissão da doença através do contato com gotículas de saliva expelidas pela boca ou coriza nasal, mas nunca pelo ar liberado na expiração.

As novas evidências, ainda que incompletas, são suficientes para repensar os métodos de precaução adotados mundialmente. Em carta aberta divulgada por 239 cientistas internacionais dirigida a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cientistas afirmam que a transmissão aérea poderia explicar o alto nível de contágio da doença. No Brasil, tais resultados estariam ainda diretamente relacionados à população mais afetada pelo Sars-CoV-2.

De acordo com pesquisa realizada pelo Grupo Fleury, Instituo Semeia, IBOPE Inteligência e Todos pela Saúde, o percentual de pessoas que se infectaram com o novo coronavírus na cidade de São Paulo chega a ser 2,5 vezes maior em bairros pobres (16%) do que em relação aos mais ricos (6,5%), bem como em pessoas negras (19,7%) em comparação com pessoas brancas (7,9%).

"As populações de menor nível de recursos e instrução estão se contaminando em níveis absurdos. Existem várias causas para isso: aglomeração, uso de meios de transportes lotados e inadequados, falta de cuidados, entre outras", explica dr. Álvaro Atallah, epidemiologista clínico e diretor da Cochrane Brasil. Segundo o levantamento, habitações com 5 ou mais pessoas, comuns em regiões mais pobres, apresentam soroprevalência quase duas vezes maior do que aquelas com um ou dois moradores.

Segundo dr. Atallah, é preciso que as pessoas entendam o porquê do isolamento e do distanciamento social. Hoje, grande parte da propagação da doença se dá por infectados assintomáticos, principalmente jovens. Tendo em vista o potencial contágio pela expiração, o risco oferecido por esses indivíduos é ainda maior. "As pessoas não têm noção de que só estar em um mesmo ambiente com alguém contaminado já é uma ameaça. Isso explica porque elas se submetem a ir para festas e entrar em ônibus lotados, por exemplo", afirma dr. Atallah.

Como se prevenir?

Ainda de acordo com os cientistas, é fundamental que as entidades de saúde estimulem novas medidas preventivas. Com a gradual reabertura dos comércios, o especialista em Medicina baseada em Evidências ressalta a importância da população se preparar e dá algumas dicas:

• FaceShield: os itens de plásticos devem ser colocados no rosto para isolar os aerossóis expelidos pela fala. "As FaceShields reduzem a ameaça em mais 10% e, pensando no contexto da pandemia, são um grande auxílio", diz dr. Atallah.

• Máscaras: "A recomendação é utilizar as máscaras de forma semelhante as dos médicos: uma de plástico sobre uma de pano, protegendo bem a boca e o nariz", explica o especialista. As de pano devem ser colocadas na água oxigenada por dez minutos e esperar secar antes de reutilizar.

• Roupas protetivas: Se tiver, utilize um jaleco ou casaco que possa ser esterilizado assim que chegar em casa. No caso de funcionários de bares, restaurantes e salões de beleza, gorro e luvas também ajudam.

• Preparação do ambiente: Busque manter o ar arejado, deixando portas e janelas abertas. "Isso é imprescindível para quem mora com muitas pessoas na mesma casa", acrescenta.

• Distanciamento e isolamento social: Se puder, fique em casa. Caso seja necessário sair, tome todos os cuidados descritos acima, além de fazer a higienização correta das mãos com água e sabão e utilizar álcool em gel ao entrar e sair dos lugares. Evite contatos próximos com outras pessoas. Esterilize frutas, verduras e utensílios de cozinha em água sanitária - uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água.

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