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Opinião
28/08/2020 - 06h40
Ciclone bomba
Celassi Dalpiaz
 

Recentemente, sentimos os efeitos avassaladores de um ciclone bomba que passou por nossa região, sem pedir licença, deixando efeitos devastadores. As consequências desse fenômeno meteorológico me instigam a fazer uma analogia com o momento atual, em que vivemos tempos de pandemia. Precisamos estar em permanente estado de alerta, para não sermos pegos de surpresa pelas marolas, com desfechos violentos.

A COVID-19 caiu para o mundo como um ciclone bomba. Sem suavidade, não observou classe social, idade, etnia, gênero ou qualquer outro tipo de categorização, para deixar suas marcas na vida e nos rumos da sociedade, impondo uma reconfiguração das relações, da educação e da economia.

Fez-se necessário um novo olhar, que exige protagonismo e ousadia para nos reinventarmos e aprendermos a tecer novas teias de interdependência, alicerçadas em possibilidades colaborativas de criar, em prol do bem comum. É uma difícil tarefa para uma sociedade individualista, cujo olhar introspectivo teima em observar uma esfera reducionista. O “meu” ainda é maior do que o “nosso”.

Reflexos deste momento estão evidenciados em todos os setores da sociedade e atingem fortemente o educacional. Está sendo difícil entender que o momento é atípico e que é necessário voltar o olhar para além das nossas necessidades. Precisamos de esforços comuns, mesmo sabendo que uma mudança de cultura requer disponibilidade e tempo.

Tanto o ciclone quanto a pandemia, além das vidas ceifadas, o que é irrecuperável, trouxeram consigo outros danos assombrosos à educação e à economia global. Na educação, os danos não estão apenas no aprendizado dos estudantes, mas aparecem, sobretudo, no socioemocional e se desdobram em doenças, medos, incertezas e desesperanças.

Cabe a nós, como educadores, além de fazer uma recomposição nos currículos, nos calendários e na forma de ensinar, juntar os caquinhos da devassa emocional causada pelo ciclone bomba da pandemia nas pessoas, especialmente nas crianças e nos jovens. Precisamos ser janelas de esperança para que, dentro de um novo normal, possamos ver e aproveitar as possibilidades de reinvenção deste novo momento.


Nota do Editor: Ir. Celassi Dalpiaz é Diretora do Colégio Santa Inês.

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