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Medicina e Saúde
28/08/2020 - 06h43
Dia Nacional de Combate ao Fumo, sábado, 29
 
 
Pneumologista do Vera Cruz Hospital incentiva o abandono do consumo de tabaco, revela perigos e derruba mitos de cigarros comuns e eletrônicos

Uma pesquisa feita em parceria entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) revelou que mais de 30% dos homens e 38% das mulheres fumantes passaram a consumir, ao menos, mais 10 cigarros por dia durante a pandemia. O momento de stress, incerteza, medo, angústia e tédio oriundo do isolamento social - uma das principais medidas de combate ao novo coronavírus - explica o aumento. Os dados, que voltam à tona no próximo sábado (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo, na visão do especialista Ronaldo Macedo, médico pneumologista do Vera Cruz Hospital, são preocupantes. Segundo ele, o consumo do cigarro caminha junto ao de bebidas alcoólicas, que também aumentou no período.

“A preocupação é com as duas dependências, que andam em paralelo e aumentam as consequências, caso a pessoa venha contrair a Covid-19”. Além disso, fumar e beber mais pode agravar quadros alérgicos, condições cardiovasculares adversas, doenças agudas e até tumores. “A maioria das pessoas tem um hábito arraigado na família com o consumo do tabaco e acham comum ou normal, pois acreditam que muitos dos seus familiares nunca sofreram consequência com vício, o que é um mito”, alerta.

Segundo o pneumologista, para quem fumou por 30 anos, os 30 anos seguintes continuam trazendo chances de desenvolver doenças em consequência do cigarro. “Quanto antes parar, melhor”, reforça. Quem para, sente, em apenas duas semanas, melhoras no pulmão, na respiração e até no paladar, já que a nicotina diminui o apetite e a ansiedade. As agressões ao organismo, porém, não param por aí. “Os prejuízos do cigarro são cumulativos e as lesões causadas pelo seu consumo são irrecuperáveis”, explica Macedo.

O primeiro passo é mudar a rotina e criar regras para deixar o vício. “Quem precisa parar de consumir tabaco por motivo de saúde, já sabe disso. A questão é quem não precisa e não quer. O primeiro passo é querer. Não fumar dentro de casa é uma decisão importante, pois o fumante só vai sair para o consumo se estiver na fissura, ou seja, com a abstinência da substância química.”

Identificar gatilhos que despertem a vontade também é importante. “É preciso reduzir bebidas, como, por exemplo, café ou alcoólicas, se for o caso. Quem fuma no carro, por exemplo, orientamos a deixar no porta-malas, pois dificulta o consumo. Outra dica é reduzir o número de cigarros diariamente, começando pelo adiamento do primeiro do dia”. Sobre não ter mais cigarro em casa, é regra básica: “Não pode comprar ou ter guardado numa gaveta. Simples assim”, diz.

Busca por novos hábitos é um bom começo

Ainda segundo o especialista, outro ponto é que uma parcela dos fumantes pode estar enxergando a pandemia como uma motivação para deixar o hábito de fumar. “Primeiro é preciso enfrentar a fase de negação. Mudar hábitos alimentares. Fazer atividades físicas também ajuda, pois a endorfina ajuda a diminuir a abstinência”, afirma.

Mas ele alerta que casos de depressão mais graves precisam ser tratados de forma diferenciada. “Não se cobre de tomar nenhuma decisão em um momento de extrema ansiedade, como é o do isolamento. Tudo tem hora certa para acontecer, por isso, procure ajuda médica”, completa.

Perigos do cigarro eletrônico

O pneumologista alerta, ainda, para os mitos do cigarro eletrônico e o cigarro de palha. “Podemos ter, em breve, uma nova geração de viciados. A própria indústria tabagista vende o cigarro eletrônico como mais seguro, o que é uma mentira. Não existe cheiro e possui menos fumaça, mas a nicotina permanece ali. Sobre o cigarro de palha, é pior ainda. Estimamos que o consumo de apenas um seja equivalente ao de quatro cigarros comuns”, explica. Macedo conta que a lesão pulmonar relacionada ao uso de cigarro eletrônico, vaporizadores de ervas e tabacos, e produtos similares ganhou um nome próprio: Evali (E-cigarette, or Vaping, product use-Associated Lung Injury).

Quem recorreu ao fumo eletrônico para largar o cigarro deve trocar a estratégia por tratamentos comprovados. “Hoje temos opções via oral e por adesivos que fazem a reposição parcial da nicotina. Geram excelentes resultados, mas precisam ser acompanhados por especialistas e com apoio psicológico”, finaliza.

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