19/05/2024  06h42
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
31/08/2020 - 06h23
O Brasil e as vacinas da Covid-19
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

No momento em que a pandemia do coronavírus apresenta sinais de desaceleração, o Brasil se apressa na obtenção da vacina para livrar a população das medidas restritivas que o mal epidêmico deixa como rastro. Três vacinas logo estarão à disposição para imunizar as pessoas e permitir a volta à normalidade possível ou ao que muitos vêm qualificando como o “novo normal”. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) se prepara para aqui produzir a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Inglaterra), o Instituto Butantã (São Paulo) monta estrutura para fabricar a chinesa Coronavac e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) faz os preparativos para ter a vacina russa Sputnik V.

A Fiocruz já dispõe do aporte financeiro e da parceria com o Ministério da Saúde para iniciar a produção e testes. Em São Paulo, o governo estadual já começou os trabalhos e pede ao Ministério da Saúde o aporte de R$ 1,9 bilhão - quantia semelhante à empregada na Fiocruz - prometendo ter as vacinas para aplicação até dezembro. O Tecpar enviou seus executivos a Brasília para negociar com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) as licenças para produzir e testar a Sputnik V, com a previsão de ter o primeiro lote em 50 dias.

Sempre que ocorre um mal epidêmico, o rastro deixado causa transtornos porque, para evitar a reinfecção e a volta do mal, é preciso manter o quadro de restrições. Isso tumultua a vida das pessoas e debilita a economia porque muitos setores não conseguem funcionar a plena carga. Com a chegada das vacinas, a tendência é logo poder chegar mais perto da normalidade. A função vacinal é dar imunidade ao indivíduo para, mesmo em contato com o vírus, não adquiri-lo de forma a adoecer e, principalmente, retransmitir. Os registros dizem que a pandemia da Gripe Espanhola, que chegou ao Brasil em 1918, além do seu pico e das mortes causadas, demorou dois anos para ser considerada extinta. Com os recursos científicos e a disposição ultimamente manifestada pelos cientistas e governos, certamente abreviaremos o tempo da restrição pós-Covid-19.

É importante destacar que as três instituições que hoje trazem ao Brasil as vacinas inglesa, chinesa e russa são centros de excelência. A Fundação Oswaldo Cruz é sucessora do Instituto Soroterápico Federal, onde o médico Oswaldo Cruz - cujo nome hoje é dado à instituição em sua homenagem - desenvolveu a vacinação contra a febre amarela, no começo do século passado. Esteve presente na imunização da população em todos os eventos epidêmicos que acometeram nosso país. Butantã e Tecpar são centros de excelência. É importante que o setor tenha todo o aporte financeiro e logístico dos governos para mais uma vez levar avante a tarefa de garantir a sanidade da população. E que os políticos, que tanto divergiram durante a pandemia, assimilem a lição de que, diante do perigo, todos perdem se não estiverem unidos e fortes...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.