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Opinião
01/09/2020 - 07h10
O fim dos governantes venais
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

Grandes corporações mostram sua força ao querer boicotar a obtenção de lucro por meio da disseminação de ódio. Esse é um bom princípio que deveria ser estendido a muitas coisas nocivas e degradantes, como uso de cigarro e drogas e tantas outras que denotam falta de humanismo. Vamos fazer um boicote em prol do aprimoramento da espécie humana tão descuidada, principalmente nos países atrasados da África e da América Latina.

São muitos os fatores que estão levando ao apagão mental. A prioridade deveria ser o fortalecimento da percepção intuitiva para alcançar clareza no pensar e lucidez no raciocinar. Enfim, não somos robôs e é necessário vigilância para não cairmos nessa condição. É importante observar a vida e a natureza, e como funciona o cérebro do ser humano. O intestino é um fabuloso laboratório que extrai a essência necessária à conservação do corpo e descarta o inservível. Podemos viver 100 anos, mas tem de ser de forma autônoma, consciente e criativa.

Os tiranos sempre são perniciosos e eles existem em maior quantidade do que podemos imaginar, mas terão de colher tudo o que semearem. Os seres humanos precisam de liberdade para evoluir com o querer próprio, mas os tiranos querem o oposto para manter o domínio e são capazes de praticar as maiores atrocidades para satisfazer suas cobiças.

Na política não há ética nem lealdade; a traição é a norma. O Brasil caiu no descalabro, mas a mentira permanece como arma ferina na boca dos traidores que tudo fazem para impedir a libertação do país. A grande dúvida é como gerir um país num mundo dominado pela prepotência daqueles que têm o dinheiro e daqueles que se organizaram, e com mão de ferro, avançaram na tecnologia e produção para exportar com baixo custo.

Este Brasil velho não consegue se renovar porque, de longa data, caiu nas mãos de grupos que se julgam donos do poder, das riquezas e das estatais, e tudo fazem para que tudo assim permaneça mantendo a população na ignorância do que se passa nos bastidores para perpetuar essa situação de poder e manter interesses particulares. Escondem tudo, falta transparência, mentem, enganam com o circo da vida distribuindo migalhas e mantendo o ouro e o poder. Compram ou derrubam quem quiser se interpor, impedindo que surja governança séria e humana que impulsione o progresso geral do país e sua população.

Os brasileiros, sempre conduzidos para a dormência, estão tomando consciência de que de longa data o país vem sendo conduzido para o abismo na educação, nas finanças, na desindustrialização e na falta de empregos. Apesar dos recursos naturais disponíveis, a precarização geral avança pelas cidades. Há o anseio pela seriedade e melhora geral, que lamentavelmente sofre a pressão devastadora daqueles que se colocam contra o progresso e elevação da espécie humana.

Países como o Brasil, submissos como colônia das finanças, dificilmente poderão avançar com a liderança política que há décadas sabota as decisões que pudessem dar fortalecimento e independência econômica. Nunca fizeram nada para isso e não querem permitir que ninguém o faça, acelerando o declínio. As lutas pelo poder se acirram. As dificuldades aumentam. O abismo fica mais próximo.

Tudo está tão emaranhado que não é fácil achar a saída. Devemos olhar a questão com simplicidade. A nova economia tecnológica não pode se sobrepor ao humano, ao trabalho visando a melhora da qualidade de vida. No atual estágio econômico do Brasil, precisamos produzir mais, criar empregos, renda, consumo. A atuação de governantes incompetentes e corruptos tem sido nefasta, pois sua prioridade tem sido o próprio interesse em prejuízo da nação e da população.

Está acabando o tempo dos governantes venais, isto é, subornáveis, corruptos, corruptíveis, desonestos, mercenários. A humanidade tem sido enganada por séculos para ser mantida no cativeiro sem iniciativa própria, por aqueles que se postaram à frente da mesa posta pela natureza. Foram empregadas teorias religiosas e ideológicas, assim como sociedades de castas para manter o controle sobre as riquezas e o poder. Mas com o tempo tudo vai desmoronando, aumentando as insatisfações. As pessoas querem líderes sérios e fiéis que não se contaminem com o poder do dinheiro e se preocupem com a evolução e aprimoramento da espécie humana.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”, “2012... e depois?”, “Desenvolvimento Humano”, “O Homem Sábio e os Jovens”, “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade” e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida” (Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

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