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Opinião
08/09/2020 - 06h56
Nostradamos, o ouro e a prata
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

Como consequência de séculos de descuidos com a vida, atualmente o viver ficou mais difícil que no passado. Há uma ansiedade generalizada. Mesmo sem entender o que o outro está dizendo, muitas pessoas já passam para ataques. A grande questão da humanidade é que os chefes de Estados deveriam cuidar de sua população, visando o aprimoramento da espécie e buscando oportunidades adequadas à sua região. A educação poderia fazer a grande diferença combatendo o apagão mental e buscando clareza, raciocínio lúcido, bom senso e propósitos enobrecedores. É preciso a conscientização de que o ser humano não é máquina.

A crise atual traz a oportunidade para repensar a vida e a economia. A busca por países com fatores de trabalho de menor custo acabaram desempregando pelo mundo, desequilibrando tudo em função da ânsia de produzir ganhos para acúmulo de reservas e aumento de poder. Para onde vai o Brasil? Se não houver entendimento aqui dentro, lá de fora não há nada de bom que se possa esperar nesse salve-se quem puder mundial.

A tecnologia está gerando uma massa de pessoas sem preparo, pois o seu avanço está alterando todas as profissões e criando outras; mesmo com boa capacidade de se reinventar e de aprender rapidamente não será fácil alcançar posições relevantes neste novo mundo. A humanidade é composta de seres individualizados; várias mentes com livre resolução que precisam de um ideal nobre e comum para alcançarem o progresso, a paz, a beleza e a alegria.

Como resolver as questões fundamentais que se avolumam? O problema está nas pessoas que não vacilam em torcer os fatos, mentir e difamar. Quando se apresenta uma ideia, os opositores não argumentam sobre ela e não vacilam em enxovalhar o autor usando palavras chulas e medíocres; querem combater a ideia atacando o autor, menosprezando-o em vez de contrapor argumentos verdadeiros. Usam a agressividade em vez da clareza em seus argumentos. Não há boa vontade, só interesses pessoais em detrimento do bem geral da sociedade.

A paralisação, como a queda num jogo de dominó, foi derrubando uma a uma as pedras da economia: fábricas, lojas, shopping centers, restaurantes, aviação, hotéis, turismo, instalando uma inédita catástrofe econômica mundial, acirrando as disputas pelo poder e a luta pela sobrevivência. O que virá a seguir? Como a humanidade agirá? Como sempre, fazendo prevalecer a força, ou buscando consensos e cooperação? Para esta escolha, os homens deveriam estar imbuídos de sincera vontade para o bem geral e a paz mundial.

Passados séculos, permanece mais forte o dissimulado conceito de que os ganhos de uns se fazem com perdas de outros. O mundo caiu no desequilíbrio entre produção, empregos e renda. Sem renda cai o consumo. Sobram estoques pelo mundo e assim pode ser que os preços baixem. O que as indústrias poderão produzir, que empregos vão gerar, quem vai investir?

A pesada crise de 2020 trouxe algumas visões do mundo atual. A vida em si acabou perdendo a essência, pois tudo passou a girar em função do ganho financeiro e sua concentração. As periferias ficaram ao abandono. As vendas no varejo chinês continuam abaixo do esperado. A produção industrial se recupera, mas vai gerar um excedente que precisa ser exportado, afetando a recuperação nos EUA e na Europa.

Os países cobiçam as riquezas que pertencem a outros. Não recuam diante de nada nem mesmo diante de massacres ou da escravização de povos inteiros, apenas para projetarem sua grandeza efêmera. A economia globalizada caiu no desequilíbrio e precarização. Nostradamus profetizou, de forma meio confusa, esta era de ambição desmedida pelo ouro e prata; o dinheiro acarretando a desintegração social. Chegamos ao ponto de acumulação das consequências de ações imediatistas que estão gerando caos e miséria, enquanto os seres humanos permanecerem com suas convicções subordinadas ao mundo material, ignorando o espiritual.

Na crise, os países estão se voltando para si mesmos como deveria ter sido para promover o progresso geral; mas a crise moral e a perda da honra se tornaram um grande entrave ao progresso. Para encontrar o caminho, as pessoas precisam da Luz da Verdade neste mundo obscuro, dominado pelas trevas produzidas pelas mentiras.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola - o manuscrito que abalou o mundo”, “2012... e depois?”, “Desenvolvimento Humano”, “O Homem Sábio e os Jovens”, “A trajetória do ser humano na Terra - em busca da verdade e da felicidade” e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida” (Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

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