Termina na quarta-feira, dia 16, o prazo para as coligações e partidos políticos escolherem, em convenção, seus candidatos a prefeito e vereador, para as eleições que este ano, por conta da Covid-19, foram adiadas de outubro para novembro. Diferente das anteriores, nesse ano será permitida apenas a coligação entre partidos para candidatos a prefeito. Para vereador, cada agremiação terá de apresentar sua própria chapa e não somará votos como antigamente, quando um candidato forte de um partido elegia outros dos coligados. As convenções ocorrem desde o dia 31. O que se observa, mais uma vez, é o registro de candidaturas sabidamente inviáveis para as prefeituras, cujo objetivo é apenas apoiar a chapa de vereadores ou, até, a popularização do nome para disputas em futuros pleitos. Na maioria das localidades é fácil identificar quais candidatos polarizarão as disputas ou - no caso das com mais de 200 mil eleitores - irão ao segundo turno. A eleição municipal é aquela mais próxima do eleitor. Enquanto presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais exercem sua atividade nas capitais, prefeito e vereador têm de, obrigatoriamente, residir e trabalhar no município. Isso os faz ligados à população e mais susceptíveis a cobranças. São os políticos mais íntimos do povo o que, de certa forma, lhes confere maior representatividade. Nesse ano uma incógnita preocupa os candidatos. Ninguém tem certeza de como repercutem no eleitorado as restrições e até a repressão que os prefeitos - a maioria deles candidatos à reeleição - implantaram na pandemia de coronavírus. O tema deverá ser explorado pelos adversários e, dependendo de como a população recebeu as medidas, o governante poderá ficar fora. Tudo vai depender da competência que teve para justificar as quarentenas, isolamentos e outras restrições. E também de como seus concorrentes chamarão a população a raciocinar sob o tema. A boa comunicação, tanto de um lado quando do outro, poderá definir a eleição. Mas, independente de sua opinião sobre como seu prefeito administrou a pandemia, os eleitores, no interesse próprio, não devem abrir mão de analisar os candidatos e votar naquele que reunir as melhores condições para governar o município. O voto em candidato errado custa, no mínimo, quatro anos de atraso para toda a população. Pensem nisso... Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).
|