Sempre achei que o tempo que se gasta batendo papo com os amigos não são horas perdidas. Pelo contrário, são momentos prazerosos que só nos faz bem. Hoje, neste isolamento, podemos melhor avaliar como nos faz falta o bate-papo. Tudo bem. temos o recurso do telefone das redes, o recurso virtual. Mas, sejamos francos, é algo que não satisfaz plenamente. Vou fazer uma comparação que pode ser até meio aloprada. Sim, vou comparar o bate-papo virtual com o futebol sem torcida, usando o que disse um dos maiores craques do mundo, Cristiano Ronaldo, ele disse que futebol sem torcida é como jardim sem flores e circo sem palhaço. Bingo! O mesmo pode se dizer do bate-papo sem a presença dos amigos e amigas. É claro que poderia ser muito pior se não houvesse o recurso virtual, o telefone e as redes. Só que a presença, o olho no olho, a descontração, o ambiente, a zoada, a vida, o papo presencial (outra palavrinha chata). Resumindo: bate-papo virtual é chato pra caramba.

Vou até ser ainda mais franco. Franqueza e caldo de galinha não faz mal a ninguém: estou com saudade até dos chatos que pintavam no nosso pedaço, e dos bêbados provocadores, dos arranca-rabos, das discussões, arengas e, pasmem, até das baixarias. Estou sentindo falta do pulsar da vida. Estou farto desta prisão domiciliar. Sim, estamos numa prisão domiciliar, e usamos uma espécie de tornozeleira, a máscara, toda vez que vamos à portaria buscar remédios e rango.

Estou, estou sentindo muita falta dos bate-papos. Lembro uma música de Milton Carlos: "Ah que saudade me dá / ah que saudade me dá / do bate-papo, do disse-me-disse lá no Café Nice....". Ah que saudade dos bate-papos. Inté.