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Opinião
07/10/2020 - 07h00
Adversário político não é inimigo
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Apesar de toda a troca de farpas durante a campanha, o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, na última sexta-feira, quando soube que Donald Trump e a mulher testaram positivo para a Covid-19, que iria enviar suas orações pela rápida recuperação do casal. Sincera ou não, a afirmação é um exemplo de comportamento a todos os que se dizem democráticos. Especialmente para políticos, artistas, intelectuais e ativistas brasileiros que, quando da facada e da Covid de Jair Bolsonaro, torceram pela sua morte. Não é à toa que os EUA são tidos como os guardiões da democracia no mundo e, entre outras coisas, mantêm a mesma Constituição há mais de 200 anos.

A classe política, artística e assemelhada que, por modismo ou interesse, se manifesta ideologicamente, deveria mostrar-se pelo menos civilizada e evitar a pregação da morte de quem quer que seja, principalmente dos adversários. Quando o faz, perde seus adeptos e ainda corre o risco de favorecer a popularidade do oponente, fato que se deu com Bolsonaro, hoje em alta nas avaliações. Nos Estados Unidos, pode ser até coincidência, Biden ganhou pontos na pesquisa depois de declarar-se solidário a Trump e sua mulher no problema de saúde. Quem dava a vitória do presidente como certa nas eleições de 3 de novembro já não tem tanta certeza.

Os políticos e seus simpatizantes têm de compreender que guerrear não é sua função. Pelo contrário, a militância política sugere oportunizar ao povo escolher via eleições os concorrentes que melhores propostas ofereçam para solucionar os problemas da comunidade. O concorrente ou adversário não deve ser encarado como inimigo, pois ambos carregam a mensagem positiva de boas realizações e desenvolvimento. Fica ao eleitor apenas a escolha daquela (mensagem) que entenda melhor para os seus objetivos e interesses.

A democracia construída no Brasil desde o fim do regime de 1964 carece de muitos aperfeiçoamentos para se tornar autêntica. Não pode continuar aceitando a mistificação daqueles que se dizem democratas e querem implantar a ditadura do proletariado e nem quedar-se a vícios como a judicialização de questões que os políticos não conseguem resolver no devido lugar e às danosas interferências de um poder nos outros, pois os poderes institucionais (diz a Constituição - art. 2º) são independentes e harmônicos.

Que os políticos tupiniquins se comprometam com o desenvolvimento do país, prestem atenção no gesto de Biden e se envergonhem do que têm feito por aqui...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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