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Opinião
22/10/2020 - 06h14
A virtualização da dança em tempos de pandemia
Evelyne Correia
 

As luzes se apagam, as músicas são silenciadas, as cortinas se fecham, o silêncio e a escuridão imperam nos teatros e escolas de dança desde março de 2020, o início do isolamento social no Brasil. Em um primeiro momento, calmaria, bailarinos, alunos e professores aguardam pacientemente pelo fim do isolamento, mas o fim demora a chegar, as almas dançantes e as mentes criativas tornam-se impacientes e o processo de virtualização da dança toma conta do país, aulas online, mostras de dança, debates e palestras com bailarinos e coreógrafos, aplicativos e ferramentas virtuais nunca antes utilizados são redescobertos a cada dia.

As escolas de dança adaptam as aulas para o ambiente virtual, insegurança por parte dos professores, pais e alunos, falta de espaço, piso impróprio para a prática e a “ausência” do mestre para realizar as correções, dificuldades essas que vão sendo superadas de forma conjunta entre os participantes, aulas e espaços são aos poucos adaptados e o ensino da dança retomado em um novo formato.

A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil sediada em Joinville, Santa Catarina, realiza lives e aulas gratuitas em suas redes sociais com renomados professores e bailarinos, desde a paralisação das aulas presenciais. A bailarina do Royal Ballet de Londres, Natália Osipova e a brasileira Ingrid Silva, primeira bailarina do Dance Theatre of Harlem de Nova York, são exemplos de celebridades do mundo da dança que encantaram e inspiraram as jovens bailarinas brasileiras com suas aulas e lições de vida.

No cenário profissional, companhias profissionais do Brasil e do mundo iniciam a reprise de grandes espetáculos na internet, a apreciação torna-se praticamente universal, e os amantes da arte da dança podem contemplar em suas casas, passam a conhecer e admirar o repertório de grandes companhias profissionais.

No entanto, alguns profissionais vão além, aulas gratuitas e trechos de famosas coreografias são ensinados pelos próprios bailarinos para praticantes de dança. No Brasil, podemos citar, Balé Teatro Guaíra de Curitiba, Grupo Corpo, companhia profissional de Belo Horizonte e Cia Deborah Colcker do Rio de Janeiro.

Professores, coreógrafos e bailarinos tornam-se ainda mais engajados em debater assuntos relevantes da dança em lives e podcasts, novos cursos de aperfeiçoamento são lançados a cada semana na internet, e o intercâmbio de informações e aprendizado é ampliado. Alunos e praticantes fazem aulas com profissionais de diversas localidades, sem sair de casa e sem custo ou muito abaixo, se comparado aos gastos com viagens e cursos presenciais de aperfeiçoamento. Jovens bailarinos utilizam as redes sociais para demonstrar seus talentos e ampliar futuras possibilidades profissionais.

A pequenos passos, teatros se reorganizam, apresentações ao ar livre e as escolas reiniciam as aulas presenciais de dança, as luzes se acendem, a música volta a preencher o ambiente e a energia inigualável dos espetáculos e da sala de aula toma conta dos corações dançantes novamente.

As infinitas possibilidades da virtualização da dança manifestadas durante o período de isolamento social, seja como ensino ou arte de apreciação, estarão presentes no mercado da dança de agora em diante, caberá aos profissionais da área reconhecer e qualificar cada vez mais esse novo segmento.


Nota do Editor: Evelyne Correia é especialista em Fisiologia do exercício, professora de dança e dos cursos de bacharelado e licenciatura em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.

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