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SEÇÃO
Crônicas
01/11/2020 - 07h13
Parecido
Dartagnan Ferraz
 

Penso que todos os mais adentrados nos anos lembram que no meado dos anos 60, antes da explosão da jovem guarda e do fino da bossa, um cantor foi muito querido e fez muito sucesso no país, e continuou fazendo até sua morte prematura. É claro que me refiro a Altemar Dutra que se estivesse vivo teria completado oitenta anos. E ele emocionou os brasileiros do Oiapoque ao Arroio Chuí. As músicas que cantava eram repetidas por quase todo mundo, caso de "Tudo de Mim", "Que queres tu de mim", "Oferenda", "O Cigano", "Outrora", "A Notícia", "O Velho", "O Trovador", "Brigas"... e of course "Sentimental Demais".

Pois bem, no primeiro show que fez em Arcoverde, porta do sertão de Pernambuco, ele chegou à cidade às sete horas da noite, o show era às oito. Veio com um motorista e um empresário, num carro tipo Cadilac. A roupa de Mariachi estava pendurada no carro numa espécie de cabide. O carro parou na frente de uma bodega grande (que também funcionava como bar na periferia na entrada da cidade. Saltou do carro com os amigos e ouviu o dono do estabelecimento que estava todo bem vestido junto com a esposa toda produzida gritar para alguns fregueses que estavam tomando umas e outras: - É a saideira, vou fechar a venda, já mandei chamar o carro de praça, vou assistir ao show de Altemar Dutra no Cine Bandeirante. O cantor e os amigos viram que o local estava cheio de fotos dele. Riram. O dono foi logo repassando para os visitantes o seu mantra, mas o cantor pediu pelo menos para tomar uma cerveja e alguns conhaques. O dono fez careta e disse só se for ligeiro. Enquanto botava a cerveja e os conhaques, o cantor perguntou: - O senhor é muito fã desse cantor, não é? O homem disse que sim. Então ele perguntou se podia cantar uma música desse cantor. O homem disse de novo, só se for ligeiro. O cantor mandou o motorista buscar seu violão. De posse do instrumento começou a cantar: "Sentimental eu sou, eu sou demais...". O pobre homem fez cara de assombro e a mulher dele abriu a boca assustada. O dono da bodega desconfiado e espantado disse: - Oli, o sinhô é muito parecido com Altemar, o sinhô, o sinhô é Altemar Dutra? Esclarecido o fato, o cantor cantou mais meia dúzia de músicas, dispensou o carro de praça que levaria o casal e foram todos no seu carro para o Bandeirante. O dono da venda nunca esqueceu esse fato. Inté.

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