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Crônicas
08/11/2020 - 06h25
Hoje
Dartagnan Ferraz
 

Para mim a crônica é um gênero antes de tudo sem lenço e sem documento, sem compromisso com as verdades absolutas. Simples assim. Não que o cronista não seja alguém sério, mas a crônica não pode ter o paletó e a gravata, ou o fraque, dos escritos sérios tipo ensaios ou escrito argumentativo, textos baseados em provas cabais, teorias incontestáveis, soluções irretocáveis.

Acho que a crônica reflete o que vai na alma e na imaginação do cronista em determinado momento, um lampejo, um desabafo, um sonho... sem necessidade de aprofundamentos e piruetas verbais. Tem que ser algo leve e, se possível, com um temperinho de humor. Detalhe. mesmo leve, livre e solta a crônica faz pensar. Juro.

Gostaria de ser um cronista, mas a passionalidade e a falta de talento e impede. Por isso me conformo em ser apenas um cronista em compotas. E isso me deixa satisfeito.

Estava sem assunto até que o radinho de pilha, meu companheiro inseparável tocou a musica "Hoje", de Taiguara. Então na hora que nem caldo de cana me lembrei de uma arte do meu passado, há uns 40 anos, eu era esse aí do retratinho no final da página, e já naquela época era doido por essa música. Não sei o motivo, mas tocou, marejou os olhos.

Vou fechar esta mal traçada que parece mais conversa de bêbado, transcrevendo a letra da música de Taiguara: “Hoje / Trago em meu corpo as marcas do meu tempo / Meu desespero, a vida num momento / A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo // Hoje / Trago no olhar imagens distorcidas / Cores, viagens, mãos desconhecidas / Trazem a lua, a rua às minhas mãos // Mas hoje, / As minhas mãos enfraquecidas e vazias / Procuram nuas pelas luas, pelas ruas / Na solidão das noites frias por você // Hoje / Homens sem medo aportam no futuro / Eu tenho medo acordo e te procuro / Meu quarto escuro é inerte como a morte // Hoje / Homens de aço esperam da ciência / Eu desespero e abraço a tua ausência / Que é o que me resta, vivo em minha sorte // Sorte / Eu não queria a juventude assim perdida / Eu não queria andar morrendo pela vida / Eu não queria amar assim como eu te amei.” Bingo. Saravá. Inté.

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