19/05/2024  00h10
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
09/11/2020 - 06h09
Os preços (astronômicos) causados pela Covid-19
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

É preocupante ver a média da inflação do período da Covid-19, apurada em 5,80% entre maio e outubro. Isto é, quatro vezes maior do que a alta oficial de preços, de 1,35% de variação IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Altas como os 18% em televisores e materiais de informática, 9% em eletrodomésticos, 6,6% em alimentação são nocivas e carecem providências para não impactarem a Economia. O momento de quarentena foi atípico e provocou distorções. Agora, na medida em que a pandemia arrefece, chegou a hora de irmos voltando aos patamares normais do mercado.

Os próprios setores onde ocorreram as maiores altas têm o dever de buscar melhor produtividade e poder de compra de insumos e produção para voltar pelo menos mais perto dos valores praticados antes da emergência. O Estado não deve interferir diretamente no preço final, mas tem a obrigação de monitorar a economia para evitar que setores com poder prejudiquem os mais fracos e o consumidor. Temos de voltar aos tempos do chamado “vôo de cruzeiro”. A sociedade não pode absorver custos injustificados ou desnecessários, pois isto pode trazer de volta a indigesta inflação.

Todos os setores têm de funcionar de forma a, com o resultado da venda dos produtos, custear a matéria-prima, a produção e auferir o lucro justo. O governo, além de fiscalizar para evitar abusos, também precisa, através de medidas tributárias, desonerar a produção para evitar que o mesmo produto custe aqui valores muito elevados em relação ao preço internacional. A equipe do ministro Paulo Guedes tem uma grande tarefa pela frente. Estabelecer uma nova matriz econômica. O começo, salvo melhor juízo, deve ser a diminuição do tamanho do Estado através da eliminação de cargos criados exclusivamente para satisfazer o apetite dos aliados políticos. Em vez de cargos públicos, onde os contratados muitas vezes nem têm a obrigação de trabalhar, é preciso criar condições para a iniciativa privada investir e operar.

Que os males econômicos da pandemia não sejam da mesma magnitude do que os danos de saúde e perdas humanas que tanto fazem sofrer a população...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.