Quando vejo alguns coroas debochando dos mais jovens devido ao frisson destes pelos super-heróis eu não acompanho a crítica. Apenas me espanto orque todos nós, os mais adentrados nos anos, fomos fissurados pelos super-heróis quando crianças e adolescentes. Era o tempo dos gibis. Do Capitão Marvel e do Superman. Quanto de nos, coroas, não sonhamos virando um super-herói? Muitos desejaram ser Clark Kent que virava Superman ou o garoto que gritava Shazam, havia um estrondo buuuuuuuuum, e ele se transformava no Capitão Marvel. Vou contar apenas um fato daquele tempo na cidade Arcoverde, estado de Pernambuco. Havia um dos nossos amigos, um carinha muito corajoso, mas meio perturbado. Pois bem, ele meteu na cabeça que podia virar o Capitão Marvel. Marcou o local e a hora da transformação. Não assisti porque estava com asma. Foi ao meio dia em cima da ponte de um riacho seco, o Rio da Rua Velha. Há quem diga que ele mandou fazer até a capa do super-herói. Na hora exata gritou Shazam e não houve a explosão, buuuuuuuuuuuuum, mas ele pulou, não voou, caiu na lama que havia no riacho onde havia também pedras. Por sorte apenas se arranhou e quebrou um braço. Mas foi aplaudido e admirado, as mocinhas pediam para colocar o nome delas no gesso do braço quebrado. Virou o Capitão Marvel em compotas. Inté.
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