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Medicina e Saúde
19/08/2005 - 08h18
Terapia com células-tronco adultas: realidade
Vera Morais
 

Muito se fala que a aplicação terapêutica de células-tronco embrionárias proporcionará a cura de quase todas as doenças num futuro próximo. Estas células, portadoras de alta regeneração, são estudadas clinicamente para curar órgãos e formar novos tecidos. Em 2004, a Comissão de Biossegurança aprovou a pesquisa destas células a partir de embriões. Para obtê-las, todavia, é necessário destruir o embrião na primeira semana de existência, o que causa polêmica sobre a implicação ética destes estudos. Isso sem falar na dificuldade de obtenção dessas células, que requer numa série de procedimentos legais, sem falar das ainda existentes, resistências morais com relação a esse tipo de pesquisa.

Mas o que poucos sabem, é que existem dois tipos de células-tronco: as embrionárias e as adultas.

E o que são células-tronco adultas? De acordo com o hematologista Dr Nelson Tatsui, que faz estudos com este material e dirige o primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical do Brasil, a Criogênesis, o corpo humano possui outras células-tronco, que continuam a existir depois da fase embrionária. "Essas células se concentram em grande quantidade em 2 lugares do organismo: na medula óssea, responsável pela produção sanguínea e no sangue do cordão umbilical de um recém nascido", explica o médico.

Este material é multipotente, ou seja, apesar de não se transformar tão rapidamente como o embrião, pode produzir os principais tecidos do corpo humano, como observa Nelson Tatsui. "Existem pesquisas que comprovaram a aplicação prática dessas células na criação de estruturas nervosas, como os neurônios, além da produção de ossos, cartilagens, gordura, entre outras estruturas feitas em laboratório", conta.

Diversas experiências com células-tronco adultas, com finalidade terapêutica, têm apresentado resultados comprovadamente positivos.

Quando se pensa no tempo estipulado para que os pesquisadores manipulem células embrionárias, é comum associar a promessa de cura a uma possibilidade imediata. Mas, mesmo considerando que a medicina é uma ciência milenar - só o diabetes foi diagnosticado há mais de 3.500 anos - no mínimo 10 anos ainda serão necessários para o uso eficaz dessas células.

Porém, em vista de diversas aplicações práticas das células tronco adultas que já são comprovadamente eficazes no tratamento de mais de 45 tipos de doenças, e experimentações da biotecnologia, que não impõe limites para pesquisa desse tipo celular, estima-se que nos próximos anos as células adultas sejam totalmente manipuladas.

O Dr Nelson Tatsui acredita que o estudo em células adultas não perde importância diante das embrionárias, em razão dos resultados já existentes e por não esbarrar em questões éticas. "Estas pesquisas são uma garantia de reserva futura para aplicação terapêutica de doenças como Mal de Alzheimer, diabetes e artrite reumatóide", conclui.

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