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Opinião
25/12/2020 - 07h34
Natal e Ano Novo no vermelho
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O Estado de São Paulo faz seu lockdown no Natal e no Ano Novo. Regride temporariamente todo o território para a fase vermelha do combate ao coronavírus e fecha, principalmente, bares e restaurantes. Governo e seus especialistas justificam a medida como proteção à população em relação à pandemia. Melhor seria, em vez de parar - e penalizar esses setores econômicos que pagam impostos para poder trabalhar - ter feito a conscientização da população quanto aos riscos. Até porque não é fechando estabelecimentos que se irá impedir as pessoas de se exporem ao risco da contaminação. Não assistimos campanhas de orientação e convencimento para as pessoas se protegerem. Nem providências para evitar as aglomerações nos meios de transportes e na própria via pública. Parece que o vírus é perigoso só dentro de estabelecimentos e no interior das repartições, principalmente nas escolas públicas onde, com a pandemia, muitos ganham sem ter de trabalhar. É tudo muito estranho. Não duvidamos do propósito sadio das restrições, mas de sua eficiência. Quem ficar recolhido nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e entre 1º e 3 de janeiro, se não tomar os devidos cuidados, poderá se contaminar no intervalo entre Natal e Ano Novo ou depois das fases vermelhas temporárias. Qual, então o lado objetivo da restrição?

No entanto, certa ou errada, a medida já está decretada. Espera-se que o governo e seus agentes não sejam arbitrários e que a população, independente da ordem governamental e no interesse da própria saúde, não se exponha. É mais um incômodo decorrente da pandemia e da forma com que ela é tratada entre nós. Apesar disso, o mais importante a essa altura é a chegada das vacinas. Os laboratórios, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e os governos estão preparados para adquirir as doses e administrá-las à população. É o caminho lógico a ser seguido e não deve ser desviado dos critérios técnicos de aplicação com prioridade nos grupos de maior risco. Pessoal da Saúde (especialmente os que trabalham na área que atende aos pacientes da Covid), policiais e outros profissionais que pela atividade não podem se resguardar, devem ter preferência. Isso, porém, não deve ser feito atendendo a critérios étnicos e sociais - definidos política e ideologicamente - e nem para o favorecimento de autoridades que, apesar de atuar em gabinetes com as refrigerado, já pedem para furar a fila.

A vacina - desde que aprovada pelo órgão controlador e disponível - passará a ser um patrimônio da população brasileira, que está sofrendo e já viu a morte de quase 200 mil concidadãos atacados pelo mal. Toda vez que, para atender a figurões ou a figuras de segmentos influentes, se deixar para depois a aplicação do imunizante na população de maior risco, estará se cometendo um crime de lesa-humanidade. Mais uma vez é importante lembrar a Constituição (artigo 196): ”A saúde é direito de todos e dever do Estado”. Portanto, senhores presidente, governadores e prefeitos, providenciem com toda urgência a vacinação da população da área que governam. Isso é sua obrigação...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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