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SEÇÃO
Crônicas
30/12/2020 - 06h28
Crises e paixões da adolescência
Marcial Salaverry
 

Todos sabemos que a adolescência é aquele complicado intervalo entre infância e maturidade. É aquela época em que o cérebro muitas vezes se recusa a admitir que não é mais criança, e que é preciso mudar a maneira de pensar, pois é chegada a hora de decisões que poderão determinar o futuro, mas nem sempre se está preparado para tais pensamentos... E é justamente nesse momento que o espírito decide se rebelar contra tudo que lhe é imposto. Tudo o que até então era lei, passa ser ilegal, ou não presta. A experiência dos mais velhos não lhes serve, mas eles não tem nenhuma experiência em que se apoiar para tomar suas decisões. Então, como ficamos? O que fazer?

Essa fase da vida é extremamente perigosa. É preciso muita compreensão dos adultos, para saber pelo menos orientar, ou tentar fazê-lo. O diálogo franco, honesto e aberto é necessário. Nada lhes deve ser imposto, mas sim sugerido, mostrado. É mais fácil obter-se as coisas com jeito, do que à força. Eles não aceitam as verdades absolutas. Preferem aprender por conta própria. É a velha questão da auto afirmação. Os adultos de hoje não podem se esquecer que foram os adolescentes de ontem, vivendo essas mesmas crises existenciais.

Quando entra em foco a parte sentimental, a coisa fica mais séria ainda. Os hormônios estão fervilhando, os corpos clamam por conhecimentos íntimos. Mais do que nunca é preciso manter o equilíbrio para saber mostrar os limites que devem ser observados de parte a parte. Seja nas intimidades, seja o que deve ou não ser feito (nada de impor limites, deve-se mostrá-los). Os primeiros amores sempre são muito intensos. Despertam os sentidos, e a vontade de conhecer intimamente o amor. Nessa hora, se não houver uma orientação e que pelo menos saibam fazer as coisas, as consequências poderão ser fatais. Como uma gravidez fora de hora por exemplo. São coisas da vida, mas que um bom dialogo e palavras certas podem evitar.

Outro ponto nevrálgico é o telefone, e agora também a internet, e mais crítico ainda, o celular e as redes sociais, que são portas abertas para uma série de coisas que podem ser danosas. São horas de conversa. Muitas vezes os namorados acabam de se deixar, e sentem necessidade de telefonar. E haja paciência. E haja contas telefônicas a pagar. E haja broncas e castigos e proibições. E haja horas de sono perdidas nas conversas internetárias. E noites em claro com as famosas mensagens das redes sociais...

E esse é o ponto crítico. Jamais haverá um acordo nesse sentido. Nada pode controlar a "necessidade" dessas conversas intermináveis. Muitas vezes por nada terem a conversar, ficam apenas escutando a respiração um do outro, ou então alguma música. Aliás, é como sempre foi, e quem já foi adolescente e não perdeu a memória, se lembra... Sempre se pode tentar um diálogo para pelo menos mostrar os limites. Afinal sempre é melhor controlar um pouco os impulsos, do que acabar irritando os pais que poderão cortar a conta telefônica por causa do exagero das conversas. Ambos os lados tem que saber conversar e acertar-se. Bom senso, gente.

Adolescentes, pre adolescentes, post adolescentes e envelhescentes... Vamos ponderar e pensar em conjunto. Sempre um mau acordo é melhor do que uma boa briga...

E pra começar numa boa, que tal ter UM LINDO DIA, lembrando dos velhos e bons tempos...

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