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Crônicas
20/08/2005 - 21h17
Não há batalha na planície
Bruno Azevedo
 

O guerrilheiro José Dirceu continua com a retórica afiada. Seu depoimento na Comissão de Ética da Câmara foi a prova de que tanta militância e tanto contato com Fidel Castro e "los compañeros de Latino América" o adestraram muito bem. O ex-ministro, que saiu do Planalto a bradar que iria pelejar na Planície e até agora parece um cordeirinho de verdes aragens, manteve o controle, demonstrou a frieza costumeira de seu perfil estrategista, mas escorregou ao dizer que nunca foi arrogante. Definitivamente, essa nunca foi uma característica dele.

A cúpula petista parece tão acostumada a mentir - e bastaram apenas dois anos para essa mudança de perfil -, que se esquece que de vez em quando é necessário falar a verdade. Ouvir José Dirceu dizer "Eu nunca fui arrogante" é prova de quebra de decoro parlamentar. Basta isso para ver que ele mente, mente e mente. Mais uma vez teremos de dar razão a Bob Jefferson, o cantor do mensalão.

Onde o PT quer chegar? Será que ainda restam ilusões de que a verdade sobre essa crise continuará encoberta como as tantas reuniões feitas nos aparelhos durante a ditadura? O trabalho da CPI dos Correios, os extratos bancários, os sigilos telefônicos quebrados, as denúncias da imprensa apontam cada vez mais para o envolvimento de Dirceu, Silvio Pereira, Delúbio Soares e Marcos Valério. Uma outra investigação a ser feita será sobre os objetivos de tudo isso. O projeto Dirceu 2010 parece ser a grande motivação, o sonho secreto, a origem das constantes críticas ao ministro Palocci e sua política econômica tucana.

Por trás da bela biografia, do homem bom de serviço que dedica a vida ao projeto petista de poder, do homem forte do governo Lula, há uma mente brilhante que arquitetou toda a política de alianças que conduziu o PT a Brasília. Por trás deste desconfiado mineiro de Passa Quatro há uma fabulosa estratégia que manteve o mesmo grupo por vários anos no comando de seu partido. José Dirceu é muito mais perigoso que o Dops pensa.


Nota do Editor: Bruno Azevedo é jornalista.

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