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Opinião
25/01/2021 - 06h15
[Depre]civicamente alucinados
Dartagnan da Silva Zanela
 

Pobres “tiozões do zap”, homens comuns que são ridicularizados pelos inteligentões por simplesmente serem pessoas espontâneas. E, tal enxovalho, ocorre por uma razão muito simples: pessoas artificiosas, de alma gelatinosa, não aguentam mais que alguns segundos de exposição diante de uma pessoa simples e sincera. Tal exposição sapeca suas retinas.

De um modo geral, os assim rotulados "tiozões do zap" são apenas pessoas modestas, cientes de suas limitações, contradições e idiossincrasias e, por isso mesmo, não se levam tão a sério como as pessoas limpinhas e "dipromadas" veem a eles e, é claro, a si mesmas. Os tiozões do zap riem de si e seguem em frente; já os limpinhos, se mordem de raivinha do bem e movem campanhas de cancelamento, ou algo similar, para auto afirmar o seu “purismo” fecal.

Esses homens comuns, que são diariamente enxovalhados pela gente limpinha, tem um senso de realidade muito mais acurado do que a vã academia é capaz de imaginar com seus chiliques de criticidade (totalmente desprovido de qualquer senso das proporções).

Então quer dizer que os tiozões do zap não se equivocam? Claro que se equivocam. Todos os dias como todo ser humano. Equivocar-se não é o fim do mundo; é apenas a vida. Todos se equivocam, menos, é claro, as pessoas limpinhas que imaginam estar imunes a isso por, credulamente, imaginarem que são seres acima do bem e do mal, imunes ao erro, por repetirem diariamente diante do espelho que elas são criticamente críticas, muito mais do que críticas, por terem um pedaço de papel pintado de valor duvidoso pendurado na parede, ou guardado numa gaveta, e uma assinatura da "Grobo news" ou de algo similar.

Sinceramente, ecoar a narrativa poluída e presunçosa dessas esferas midiáticas não é sinônimo nem de "conhecimento”, muito menos de “seriedade”. É apenas um tipo híbrido e presunçoso de ignorância aburguesada com chiliques revolucionários.

Por isso é importante não esquecermos que quando nós enxergamos apenas aquilo que falamos e, ao mesmo tempo, não conseguimos ver, com um mínimo de serenidade, aquilo que nossos olhos estão testemunhando, isso é um claro sinal de que não somos alminhas conscientes e críticas, mas sim, que estamos criticamente histéricos e [depre]civicamente alucinados.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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