Não faço parte de uma massa passiva silenciosa e assustada, e não vou ficar de boca fechada para as barbaridades que aconteceram domingo passado na praia da Maranduba. Acredito na pratica do bem comum, nas instituições sociais, na tolerância e na coexistência pacífica e tudo o que for contra deve ser repudiado. Ao serem ignoradas as regras de convívio social para fazer uso da violência na obtenção de resultados estamos trilhando o caminho do terrorismo. Nada justifica a depredação no parque aquático, ou seja lá o que fosse, pôr mais errado ou irregular que estivesse, a polícia, o poder executivo, legislativo e judiciário é quem tem a competência para intervir em situações como essa. Tem sido comum pessoas de bem serem vítimas de agitadores que provocam distorções na realidade causando alterações em seu comportamento. A presença do presidente da Câmara Municipal na depredação acompanhado de três vereadores é motivo de preocupação assim como sua declaração ao Jornal Vale Paraibano foi inadequada. Essa postura não contribuiu em nada para a moralização da vida pública, para o avanço da cidadania ou para a democratização da justiça. Também presente na depredação o padre da paróquia da Maranduba cuja função maior seria motivar sua comunidade a descobrir o reino dos céus aqui na terra através do exercício da paciência e do cultivo dos ensinamentos do Senhor. Falo em meu nome já que não tenho procuração para falar pôr outros, mas tenho certeza que são muitos os que compartilham da minha tristeza e preocupação. A manutenção da tranqüilidade pública, dos poderes públicos e da ordem constitucional deve ser mantida a qualquer custo já que a solução dos problemas não está em alguns litros de gasolina e uma caixa de fósforos.
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