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Opinião
01/03/2021 - 05h28
Prêmio Nobel
José Luiz Boromelo
 

É difícil lidar com o povo brasileiro. Tampouco se compreende certos posicionamentos ante alguma demanda emergencial, como a que vivenciamos agora. Foi preciso a edição de decretos municipais e estaduais para que a população viesse a demonstrar algum respeito aos protocolos de segurança sanitária, amplamente recomendados pelas autoridades de saúde. Ainda assim as coisas desandaram para pior. Os bailes e as festas clandestinas ocorrem por todo o País, sem que as autoridades constituídas consigam inibir, impedir ou dispersar aglomerações, salvo em casos pontuais. Não obstante essas práticas ora proibidas se constituírem crime de desobediência conforme o Artigo 330, podendo ser classificadas ainda como delito de infração de medida sanitária preventiva (Art. 268) e lesão corporal (Art. 129), todos do Código Penal, algumas pessoas fazem questão de afrontar os dispositivos legais ao utilizarem os espaços públicos sem a proteção da máscara ou sem manter o recomendado distanciamento social.

Esse comportamento antagônico e reacionário às imposições governamentais emergenciais encontra inspiração na controversa e insana conduta do mandatário maior da nação; o incoerente e inconsequente, a voz dissonante dos cientistas e pesquisadores que por questões óbvias, haveria de ser o exemplo maior de respeito e acatamento incondicional às normas vigentes, principalmente nesse momento trágico para o País. A rede hospitalar entrou em colapso total, com leitos de UTIs superlotados, em absolutamente todos os entes federados. A espera por uma vaga se estende por dias e em alguns casos, por semanas. Com o caos instalado, governantes editam decretos com medidas cada vez mais restritivas, atingindo principalmente o comércio em geral. É nesse cenário dramático que se busca analisar o comportamento de uma parcela da população. Não convence mais a desculpa de que a máscara incomoda, ou o distanciamento social provoca distúrbios psicológicos. Tivemos quase um ano para nos acostumarmos com o chamado “novo normal”, que inclui a adesão inconteste aos protocolos de segurança sanitária, amplamente divulgados pela mídia, que qualquer criança tem conhecimento pleno. São medidas simples, mas importantíssimas na prevenção da transmissão da doença. Portanto, todos têm a obrigação legal de submissão às restrições dos decretos emergenciais. Não é o que se nota, infelizmente. Muita gente ignora completamente suas responsabilidades enquanto cidadão, que incluem direitos, mas também deveres.

Essa horda de inconsequentes, que continuamente afronta as medidas de prevenção deveria ser agraciada com o prêmio Nobel da ignorância e da teimosia. Ou tantas outras categorias análogas a estas, pela indiferença dessa gente para com a saúde pública. Inclua-se nesse rol o desbocado do Planalto e seu ex-colega norte-americano, defenestrado do poder pelo exercício democrático de seu povo, cansado de suas excentricidades. Por aqui, resta aguardar pacientemente pela imunização e respeitar à risca as medidas preventivas. E esperar por 2022.


Nota do Editor: José Luiz Boromelo, escritor e cronista em Marialva, PR.

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